Doença Pulmonar Obstrutiva

Estima-se que a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) afecte, em Portugal, cerca de 5,3 por cento da população.

 
O que é a DPOC? 
 
É um estado patológico que se caracteriza por uma limitação do débito aéreo (ventilação), geralmente progressiva e com reduzida reversibilidade. A sua origem está normalmente associada a uma resposta inflamatória anómala dos pulmões à inalação de partículas ou gases nocivos., onde o tabagismo se assume também como um responsável. 
 
As alterações patológicas pulmonares conduzem a alterações fisiológicas características, como a hipersecreção de muco, disfunção ciliar, limitação do débito aéreo, hiperinsuflação pulmonar, anomalias das trocas gasosas, hipertensão pulmonar e cor pulmonale. Estas alterações desenvolvem-se em função do processo de evolução da doença. 
 
São grupos de risco as pessoas com: 
 
•Mais de 40 anos de idade, com história de tabagismo superior a dez anos; 
 
•Actividade profissional de risco respiratório comprovado, com exposição a poeiras e a produtos químicos; 
 
•Tosse ou expectoração crónica ou dispneia (dificuldade em respirar) de esforço; 
 
•Deficiência de alfa1-antitripsnina. 
O que pode contrariar a evolução ou progressão da DPOC? 
 
Há evidência científica de que parar de fumar é a única medida que contraria, efectivamente, a evolução da doença pulmonar obstrutiva crónica e a que tem melhor relação custo/benefício. A oxigenoterapia de longa duração é a segunda medida, a seguir a parar de fumar. 
 
Há evidência científica de que os doentes beneficiam de programas de exercício físico, que melhoram os sintomas de dispneia e reduzem o grau de fadiga. O tratamento da doença está directamente dependente da vontade e da capacitação do doente para aplicar o controlo recomendado. 
 
Como se diagnostica: 
 
O diagnóstico faz-se através da realização do exame designado espirometria. Trata-se do meio mais objectivo, padronizado e facilmente reprodutível de medir o grau de obstrução das vias aéreas. A espirometria permite também avaliar a gravidade da doença e orientar a adequada prescrição médica. 
 
Cria, ainda, a oportunidade de adopção de medidas para o controlo de sintomas e prevenção de exacerbações, reduzindo consultas, internamentos hospitalares e absentismo laboral, bem como para a preservação da qualidade de vida do doente.