Economia

Em dificuldades, pescadores apelam ao consumo da cavala e carapau

Cerca de 500 famílias algarvias lamentam as dificuldades que estão a sentir nos seus orçamentos devido à interdição da pesca da sardinha.

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Com os subsídios que “tardam em chegar” e as fontes de rendimento condicionadas devido à interdição da pesca da sardinha; peixe mais lucrativo e rentável que a cavala ou o carapau, os pescadores de embarcações de menores dimensões, ponderam parar a pesca.
 
As dificuldades sentem-se um pouco por todo o Algarve, sendo que, os pescadores de Olhão e Quarteira já apelam ao aumento do consumo de cavala e carapau, “é um peixe de muita qualidade, fresco e da nossa costa que nos pode ajudar a manter o setor numa altura em que está proibida a pesca da sardinha”, sublinha um dos responsáveis no porto de Olhão.
 
A lamentar um subsídio que ronda os 600 euros mensais e que “não se sabe quando vai chegar”, os pescadores reforçam que, “pescar cavala e carapau ter menor valor comercial, mas é melhor do que depender desse subsídio que não chega para sustentar as famílias.”
 
“Se as pessoas consumirem esses peixes, estão a ajudar-nos a manter as embarcações no mar, pelo menos as de maiores dimensões, já que, para as mais pequenas, o retorno não permite a saída, a noite perdida e os custos.”
 
A cavala está a ser vendida em lota pelo valor de 20 cêntimos, enquanto que o carapau tem conseguido chegar a um euro por quilo.