No próximo feriado, o Cine-Teatro Louletano vai abordar as questões ecológicas contidas na peça “Amazónia”.
O elenco, com texto e direção de Jorge Andrade, do coletivo portuense Mala Voadora, vai subir ao palco do Cine-Teatro Louletano no próximo dia 5 de outubro, pelas 21h30, em absoluta estreia no Sul do país.
Trata-se de uma proposta inquietante e irónica na área do Teatro, inserida no ciclo “Estórias silenciosas”, o qual é dedicado, desde 2016, à apresentação de propostas performativas ligadas a temas atuais nas áreas sociais, política e cultural, estando esta escolha programática do Cine-Teatro claramente alinhada com as preocupações da Autarquia louletana no que concerne à sustentabilidade do Planeta, patente na sua Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas (EMAAC).
Segundo a autarquia, trata-se de um elenco de luxo interpretado por um grupo de artistas de vanguarda que vai para a Amazónia gravar uma telenovela ecológica.
A sinopse adianta que, “O Planeta precisa, as pessoas interessam-se, é ético, é urgente, vai ter audiências. Os artistas procuram financiamento e as personagens da novela também, porque também elas querem empreender: querem civilizar a Amazónia, seguir o caminho universal da civilização”.
Os artistas querem que a telenovela seja realista – que as ações das personagens sejam levadas a cabo com verdade – e nós também. “O realismo é o future”, explica o coletivo Mala Voadora.
Como não faria sentido tratar um tema ecológico sem ser ecológico, a concretização deste espetáculo assenta na poupança de matéria-prima: o cenário é emprestado, o desenho de luz é reciclado, as músicas são de outros espetáculos da Mala Voadora e as cenas são copiadas de espetáculos de outras pessoas.
“Até fomos a Edimburgo ver o que se anda a fazer lá fora para copiar cá,” sublinham os artistas.
O preço dos bilhetes é de 10 euros, passando para 8 euros no caso dos maiores de 65 e menores de 30 anos.
O Cartão de Amigo é aplicável a este evento. O espetáculo tem uma duração aproximada de 70 minutos e dirige-se a maiores de 16 anos, sendo que tem entrada gratuita, mediante a disponibilidade da sala, a jovens com 18 anos ou que ainda venham a fazer 18 anos no presente ano no âmbito do projeto “És Cultura 18!”.