Sociedade

Em Monchique, “a arte vai ao espaço público”

A autarquia de Monchique está a promover uma iniciativa que consiste em tornar a arte acessível a mais público.

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Esta iniciativa integra-se nas comemorações do Dia da Vila e tem como objetivo aproximar as pessoas da arte através de novas formas de fazer chegar as exposiçõers ao público.
 
A arte vai aos Paços do Concelho, o que permite uma aproximação e um contacto com um tipo de público que, à partida, não teria acesso a este tipo de cultura e lazer.
 
Desenvolver uma aproximação critica à arte, neste caso em espaço público, nas suas diversas manifestações, foi o mote de arranque para a exposição “O que se mantém, quando tudo se foi?” de Georg Scheele.
 
Conforme explica a autarquia em nota de imprensa, Georg Scheele nasceu em 1961 na Alemanha. Escolheu o Algarve, especificamente Monchique para viver e trabalhar, escolheu o isolamento para desenvolver a sua própria linguagem artística. A sua obra é um encontro com as formas abstratas através das peças de Henri Moore expostas numa pedreira de mármore italiana.
 
No seu atelier de Monchique, Georg, um excelente artesão, começou a experimentar figuras abstractas. Nas suas mãos nasceram formas orgânicas em comunhão com a paisagem que o rodeava.
 
A primeira grande exposição individual, no ano de 1998, numa das melhores galerias de arte de Portugal, na Galeria Centro Cultural de São Lourenço, abriu-lhe finalmente a porta para uma carreira promissora.
 
Inúmeros obstáculos dificultaram o caminho do artista: a perda do atelier que ardeu num dos grandes incêndios de 2003 que devastaram a Serra de Monchique, e um grave acidente ocular em 2009 que destruiu o olho esquerdo. Depois de um ano e várias operações, ele reencontrou a sua força, desde então faz formas ainda mais virtuosas.
 
O que move Georg Scheele é a questão filosófica de todas as questões: "Quem sou eu", que o leva à exploração do seu interior do que está em constante mudança e do que resta quando tudo o que acreditamos ser e no que o mundo consiste desapareceu.
 
Até 14 de junho, todos os que se deslocarem aos serviços municipais, terão a oportunidade de apreciar as esculturas de Georg Scheele.