A Carob World é uma empresa que desenvolve, produz e comercializa produtos à base de alfarroba de que são exemplo, tabletes, cremes de barrar e farinha e o seu principal objetivo é valorizar a autenticidade e a criação de valor dos produtos autóctones de Portugal e do Sul da Europa. Conta com uma equipa jovem, cuja idade média ronda os 29 anos com formação superior, em que 90% são formados na Universidade do Algarve.
A missão da empresa algarvia, é levar ao mercado produtos de alta qualidade que representem o que a alimentação mediterrânica, tem para oferecer.
Alunos dos cursos técnicos de cozinha e pastelaria da Escola Secundária Pinheiro e Rosa de Faro confecionaram para a iniciativa, bolos à base de Alfarroba:
Esta quinta-feira, o CEO João Currito, deu a conhecer o produto e a missão da sua empresa, sediada no Rio Seco, junto à EN125, às portas de Faro. Estiveram presentes o Presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, o Presidente da CCDR-Algarve, José Apolinário, o Presidente da Região de Turismo do Algarve, João Fernandes, o Diretor Regional de Agricultura e Pescas, Pedro Monteiro, entre outros convidados.
João Currito, explicou que o produto Carob World, não tem cacau, «desengane-se quem olha para as nossas tabletes e pensa que está lá cacau, não, só mesmo alfarroba». A aventura que começou em 2014, com uma startup, estudou o mercado e percebeu-se que havia caminho livre, já que a concorrência não existe. A partir daí, foi estabelecido um protocolo com a área da Engenharia Alimentar da Universidade do Algarve, para desenvolver os produtos. Entre 2015 e 2017, foi criado o conceito de pré-industrialização e depois através do CRIA - Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia da Ualg, passou-se ao lançamento dos produtos. «Temos um produto fantástico, a sua aceitação foi muito boa, criámos uma nova categoria de produtos nos canais, e arranjámos clientes que sabem vender inovação na linha premium», explicou o responsável da empresa.
Unidade fabril tem uma capacidade de produção de 3 toneladas por dia
Ao todo a equipa é composta por 12 pessoas, em que 6 estão na área de operações e 6 no marketing. A unidade fabril que tem uma capacidade de produção de 3 toneladas por dia, tem a sua marca registada na União Europeia e nos Estados Unidos da América, «é um mercado chave, mas temos de continuar este processo por mais meia dúzia de mercados». João Currito, adiantou que os algarvios sabem bem o que é a alfarroba, «mas se passarmos o Tejo, haverá muita gente que se calhar não conhece, agora imaginem lá fora, o trabalho que temos de fazer para que se conheça o produto». Uma das estratégias foi associar a Carob World ao Algarve e ao Sul da Europa, «hoje somos nicho de mercado mas não tenho dúvidas que dentro de 5 a 10 anos, seremos 'mainstream'», observou. Para esse patamar, muito contribui a
página da marca na internet, as redes sociais mas também publicações relacionadas com viagens. Outro meio importante, tem sido a presença em feiras, que no último ano ficou comprometida devido às contingências da pandemia. «Apesar de tudo, conseguimos sobreviver, posso dizer que em 2019, só no Algarve, tínhamos 30 pontos de venda, atualmente temos 7 ou 8, o que revela bem como está este tipo de comércio e o rombo que levou com a Covid.19.Também nesta fase, o tempo é para trabalhar em novos mercados, com destaque para os mercados árabes e asiáticos, além de estarmos a desenvolver com o CRIA, uma nova gama de produtos, porque uma coisa é certa, ainda estamos sozinhos no mercado, mas esperamos ter concorrência a sério», antevê.
Rogério Bacalhau, Presidente da Câmara de Faro, deu os parabéns ao criador da Carob World, «pela coragem e muita força, basta olhar para o início deste projeto, para se perceber os anos que passaram». O autarca lembrou que em 2017, João Currito esteve na câmara a apresentar o projeto, «e se é ele que dá a cara a esta marca, não nos podemos esquecer o papel que teve neste processo a Universidade do Algarve». O autarca disse que esta experiência de inovar, «é algo que nós não temos muita tradição no país e em particular na região, até temos condições para que isso não acontecesse, como excelentes universidades e bons investigadores, falta-nos se calhar este salto, que o João teve, de pensar num projeto e lutar por ele ao longo de quase uma década, e não posso concluir a minha intervenção sem dar uma palavra à Universidade do Algarve, que contribuiu ao longo destes 40 anos, para o desenvolvimento da região, aliás, não consigo sequer imaginar o que seria a região sem a nossa universidade», vincou.
Para o Presidente da CCDR-Algarve, este projeto que foi «acarinhado por todos, é um exemplo da campanha que queremos fazer passar, de que o Algarve faz bem e pode ter empresas para diversificar a base económica». José Apolinário saudou os responsáveis do projeto, por valorizarem a alfarroba e a sua importância na região, «criando um produto inovador de valor acrescentado», realçou.
