Economia

Empresários algarvios condenam "veementemente" decisão do Governo de aprovar prospeção de petróleo em Aljezur

Os empresários do Algarve, através das suas associações regionais – ACRAL, AIHSA, AHETA, CEAL e NERA - condenam "veementemente" a recente decisão do governo de autorizar, sem estudo prévio de impacto ambiental, a prospeção de petróleo na costa de Aljezur.

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Os empresários dizem também apoiar a rejeição da decisão do governo manifestada, pelos municípios do Algarve (AMAL), em que afirmam que «foi no passado, é hoje e será no futuro contra a prospeção de petróleo na costa algarvia e que o contrato em vigor deve ser rescindido, e que irá continuar, pela via judicial, a lutar contra este processo».
 
As associações empresariais do Algarve denunciam em comunicado "a forma pouco transparente da atuação do Governo", ao renunciar à exigência prévia de um estudo de impacto ambiental, "o que acaba por confirmar que ela não obedece a qualquer estratégia económica, mas a uma agenda política de curto prazo".
 
De acordo com os mesmos responsáveis,"o anúncio feito pelo governo, de prorrogar para 2019 o prazo para a atribuição de novas licenças para prospeção de petróleo, adia o processo para depois das próximas eleições, procurando assim evitar contestações até lá".  
 
Os empresários do Algarve revelam no mesmo documento enviado à imprensa, "que sabem da importância do aproveitamento dos recursos e é precisamente por isso que são sensíveis às preocupações ambientais, matéria-prima base para o vetor fundamental da economia da região como é o Turismo".
 
E lançam o alerta, uma quebra anual de 15 ou 20% nas receitas do turismo internacional na região – provocadas por uma deterioração da imagem de marca do Turismo no Algarve – representaria uma diminuição das receitas na ordem dos 1000 - 1500 milhões de euros, "o que – pelos incertos números teóricos que são avançados pelos promotores da exploração petrolífera – é muito mais do que os eventuais benefícios do petróleo na diminuição das importações de combustíveis". 
 
Foram subscritores do comunicado a ACRAL – Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve, AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, AIHSA – Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve, CEAL – Confederação dos Empresários do Algarve e NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve.