Economia

Empresários de Quarteira e da restauração pedem ao governo que disponibilize testes PCR rápidos nos aeroportos portugueses

 
Defendem corredor aéreo seguro entre Portugal e o Reino Unido.

A Associação de Empresários Por Quarteira - AEPQ e a Associação Nacional de Restauração - PRO.VAR, anunciaram num comunicado conjunto, que vão solicitar formalmente a criação de uma estratégia intergovernamental para o corredor aéreo permanente com o Reino Unido, a disponibilização tendencialmente gratuita de testes PCR rápidos (4 horas) nos aeroportos portugueses e a aplicação do mesmo modelo a outros mercados emissores de turistas.
 
Segundo as associações, o Algarve será a região mais afetada com a falta dos britânicos, «uma vez que há várias décadas que os governos de Portugal basearam o desenvolvimento da região num modelo de exportação de serviços turísticos».
 
A AEPQ e PRO.VAR falam de uma situação «gritante» no Algarve, lembrando que «foram criadas condições para os britânicos passarem férias em Portugal e cá estabelecerem negócios, muitos deles constituíram cá família e pode-se dizer que existe uma aproximação cultural entre os algarvios e os britânicos».
 
A recente imposição de quarentena aos britânicos vindos de Portugal fez com que as reservas de alojamento caíssem a pique, bem como a faturação de todos os estabelecimentos relacionados com o turismo, designadamente os da restauração.
 
As associações temem que milhares de empresas algarvias possam «morrer», depois de dois anos com faturações «paupérrimas», com a consequente subida do desemprego.
 
Como solução, defendem uma estratégia entre os governos dos dois países, como a criação de um corredor aéreo seguro, baseado num certificado de vacina (PT- UK) ou nos testes PCR negativos antes dos embarques.
 
No mesmo comunicado, os empresários falam de testes «caríssimos, com resultados lentos», cuja solução deverá passar pela disponibilização de testes PCR rápidos, a custos tendencialmente gratuitos, «em que o Estado tem capacidade suficiente para fornecer este material a preço de custo às suas estruturas nos aeroportos nacionais».
 
Os empresários acreditam que este modelo de corredor seguro, «pode e deve ser usado» para os outros países emissores de turistas. Apelam ainda aos deputados da Assembleia da República para contribuírem para a criação de corredores seguros, lembrando que o Algarve contribui «brutalmente» para o PIB do país.