O último Encontro de 5ª Feira de 2018 levou à Biblioteca Dr. Júlio Dantas mais um grupo de interessados em trocar ideias sobre como "viver em comunidade" na cidade de Lagos. Desta vez, a preocupação centrou-se na utilização do espaço público.
"A extensão de certas esplanadas, por vezes com ocupação de todo o passeio, e o estacionamento abusivo em algumas zonas pedonais, mal deixando largura para a passagem de um carro de bebé, foram apontados como dois males a corrigir na utilização do espaço público", revela nota do Grupo dos Amigos de Lagos.
Os espaços para cargas e descargas e de estacionamento para residentes foram também motivo de reflexão. Ainda em matéria de trânsito, foi apontado que circulam motas de escape livre, fazendo barulho de dia e de noite, e que bicicletas e "skates" transitam velozmente em sentido proibido e por entre peões, sem o menor respeito pelos outros.
A criação, para breve, de um corpo de polícia municipal em Lagos é uma das conclusões do Encontro de 5ª Feira, para "uma permanente chamada de atenção para os mais distraídos e a perspectiva de uma melhor consciencialização cívica".
"O lixo, que no centro da cidade fica à porta de cada um e que as gaivotas debicam e espalham antes que seja recolhido, os recipientes e contentores cheios ou destapados, os cães que, sem trela, passeiam com seus donos e incomodam os demais passantes, o excesso de tendinhas, de artistas performativos e de músicos com amplificação de som, que se posicionam em lugares que deveriam ser usufruídos tranquilamente por todos", foram também analisados.
Neste Encontro de 5ª Feira do Grupo dos Amigos de Lagos, foi referido ainda que alguns dos problemas de estacionamento insuficiente no Verão e de necessidade de espaços para algumas atividades temporárias poderão ser mitigados com o recurso a terrenos do próprio município ou de privados.
Quanto à ocupação da via pública com ambulantes e artistas, "há que designar onde e como as coisas são possíveis e não em competição com os monumentos e o comércio local". Foi reconhecido que o mal está no facilitismo com que hoje se olham as coisas, "que não resolve o problema das pessoas e que, ao habituarmo-nos ao que não está bem, criamos uma situação bem mais difícil no futuro", conclui o mesmo Grupo.
Em Janeiro, haverá a já habitual troca de "ideias e projetos" para serem concretizados por iniciativa privada ao longo do novo ano. Em Fevereiro, o ciclo "viver em comunidade" prossegue com uma mesa redonda sobre "património natural", a que se seguirá, noutro encontro, o tema "associativismo".