Economia

ENI/GALP:Jorge Botelho afirma que «O Algarve unido tem muita força»

O Algarve Primeiro falou com Jorge Botelho, Presidente da AMAL acerca da desistência anunciada na passada segunda-feira por parte do consórcio ENI/GALP.

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A ENI/GALP desistiu do furo de sondagem que estava previsto ao largo de Aljezur e, o Governo através do Ministério do Ambiente, já tornou pública uma moratória garantindo que "não será licenciada qualquer nova exploração de hidrocarbonetos".
 
Perante esta resolução para um problema que se arrastava nos tribunais, Jorge Botelho adiantou ao nosso jornal que, «foi uma decisão no sentido da defesa dos autarcas, dos algarvios, dos empresários e das associações ambientais. Esta decisão da desistência da ENI/GALP agrada porque vai no sentido daquilo que nós pretendíamos».
 
Jorge Botelho recorda que, «nós aumentamos o escrutínio público sobre este processo, na altura havia três concessões, duas delas já foram anuladas e restava esta».
 
Para o responsável da AMAL, «o abandono da concessão é uma boa notícia para o Algarve, é bom para todos e é bom para Portugal, porque vai no sentido correto da aposta nas energias renováveis no futuro».
 
Recorde-se que em agosto uma providência para travar a licença, tinha sido deferida pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé, o que terá pesado na decisão agora tomada por parte da ENI/GALP, que tinha até meados de janeiro para concluir a sondagem no mar.
 
«Nós sempre dissemos que estes contratos eram penalizadores para o Algarve e, este resultado vem mostrar que houve uma convergência de posições entre os autarcas, os empresários, associações empresariais e ambientais pelo que ganha o Algarve, o país, o nosso Turismo e ganha a região que se quer posicionar no futuro com as energias renováveis e energias limpas».
 
Jorge Botelho adiantou ainda que, «neste momento estamos a trabalhar no tema das alterações climáticas, está um processo em curso nesse sentido que será brevemente apresentado porque estamos todos muito empenhados em trabalhar naquilo que é a nossa preocupação comum: apostar nas energias mais limpas, amigas do ambiente. Depois do estudo apresentado, queremos trabalhar nas soluções apontadas por esse estudo e mostrar que os autarcas estão empenhados nessa matéria para o futuro da região».
 
O responsável pela AMAL assume que, «o Algarve unido tem muita força, precisamos é de ter causas para debater como foi o caso desta e como está a acontecer com as alterações climáticas em que estamos todos muito empenhados em torno de um grande trabalho que está a ser realizado nesse sentido».