Ambiente

Entidades estudam plano de salvaguarda da raça bovina algarvia que se encontra em elevado risco de extinção

A Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve - DRAP Algarve, promoveu um encontro com responsáveis e técnicos do Ministério Agricultura (DRAP Algarve, DGAV, INIAV / Estação Zootécnica Nacional, DRAP Alentejo), Universidades do Algarve e Porto (CIBIO), Município de Silves, ASCAL (detentora do Livro Genealógico da Raça Bovina Algarvia) e criadores regionais, com o objetivo de discutir e implementar um plano de ação para a salvaguarda da raça bovina algarvia, que se encontra em elevado risco de extinção.

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Segundo nota enviada pela DRAP Algarve, atualmente estão identificados apenas 21 animais como pertencentes à raça algarvia, localizados em três explorações (Lagos, Silves e Tavira) pelo que estão a ser implementadas ações com o objetivo de acrescentar este pequeno núcleo, baseadas na inseminação artificial com utilização de sémen de touros algarvios conservados no Banco Português de Germoplasma Animal e Transferência Embrionária.
 
 
Para a Direção Regional, o sucesso desta recuperação vai depender da colaboração entre os parceiros do projeto e essencialmente da adesão de criadores da região, que permitam, numa primeira fase, a constituição de núcleos base de reprodutores algarvios para utilização no referido programa. 
         
Atendendo ao elevado valor ambiental que esta raça representa em termos de biodiversidade e de adaptação às Alterações Climáticas, sendo animais caraterizados por uma forte adaptação ao meio e no aproveitamento dos recursos naturais, contribuindo para a manutenção de áreas mais resilientes aos incêndios, a sua exploração poderá igualmente representar uma importante componente socioeconómica, atendendo ao elevado potencial que existe atualmente no consumo de carne de raças autóctones, como produto diferenciado, sendo a região algarvia privilegiada em termos de procura local e turística, para produtos de qualidade, lê-se ainda no documento.