Sociedade

Entre 2020 e 2021 cinco municípios algarvios trabalham em rede para a cultura e sustentabilidade

 
Foi apresentado ontem no Auditório do Solar da Música Nova, em Loulé, o projeto “Central Artes – Programação Cultural em Rede”, uma iniciativa conjunta de cinco municípios do Algarve Central (Loulé, Albufeira, Faro, Olhão e Tavira) no seguimento de uma candidatura realizada ao CRESC Algarve 2020 (Programa Operacional Regional do Algarve).

 
A candidatura intitulada “Promoção Turística e Eventos Culturais – Algarve Central”, liderada pelo Município de Loulé em parceria com os outros quatro municípios, previa a implementação de um programa de oferta cultural em rede envolvendo os cinco municípios durante dois anos (2020 e 2021) e explorando diversos quadrantes das artes performativas, com direção artística, conteúdos e produção a cargo das empresas Eventors’Lab e Spira – Revitalização Patrimonial. 
 
O tema da programação está na ordem do dia: a “Cultura da Sustentabilidade”. Na base desta oferta cultural, estão espetáculos de reconhecido valor internacional e nacional, privilegiando a formação/mediação criativa e a interação com o público através da realização de workshops, envolvendo as comunidades locais nas produções culturais e nos espetáculos.
 
 
O que diferencia este projeto de outros é que toda a programação é gratuita. O arranque acontece já nos dias 12, 13 e 14 de março com vários workshops de construção de instrumentos/produção de som (a partir de vegetais dos mercados locais) dirigidos à comunidade e a cargo da internacionalmente reconhecida The Vegetable Orchestra, a realizar em Albufeira, Loulé, Olhão, Faro e Tavira. O grupo apresenta também um espetáculo de abertura da programação, no Mercado da Ribeira, em Tavira, a 14 de março pelas 21h30.
 
Um dos objetivos agregados a este projeto é fomentar e aprofundar práticas colaborativas entre os vários membros envolvidos, a circulação de espetadores no território e uma maior diversificação da oferta cultural, a pensar não só na população residente mas também nos diversos segmentos ligados ao turismo cultural, como meio de combater a sazonalidade no Algarve.
 
Na apresentação do programa, estiveram presentes representantes de todas as entidades envolvidas, desde os Municípios, à CCDR, da Eventors’Lab à Spira, passando pela Direção Regional de Cultura do Algarve.
 
Ao Algarve Primeiro, Ana Fernandes da Spira, confirmou que o investimento na programação “Central Artes – Programação Cultural em Rede” 2020-2021, é de 320 mil euros (+iva), para desenvolver o tema da sustentabilidade, em vários formatos culturais, desde a literatura, artes performativas circenses, música, ou a alimentação (com presenças nos Mercados de Tavira, Olhão e de Faro, a comprar vegetais e a transformá-los, a fazer deles instrumentos, numa vertente de sensibilização para sustentabilidade).
 
Ana Fernandes destacou que a programação, «é para todos e para todas as idades, em que os workshops e espetáculos são de entrada gratuita, um dos pontos assentes no Caderno de Encargos da candidatura».
 
Refira-se que a programação da “Central Artes – Programação Cultural em Rede”, está disponível nas plataformas digitais dos 5 Municípios envolvidos.