Sociedade

Ermida de N. a Sra. de Guadalupe acolhe 2ª edição do “Dia D’as Virgens Negras”

Entre 14 e 15 de Setembro, a Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe no concelho de Vila do Bispo, irá receber a 2ª edição do projeto “Dias D’as Virgens Negras”, este ano dedicado ao tema “Toda a riqueza do Mundo: objetos viajantes e outras histórias mirabolantes”.

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A Direção Regional de Cultura do Algarve faz saber que, o projeto de homenagem artística à Virgens Negras consiste na realização de oficinas de danças antigas e de cânticos, abertas à participação da comunidade no dia 14 de setembro e termina com a apresentação de um espetáculo final.
 
O dia 15 pelas 17h00, será dedicado às viagens portuguesas do século XVI, em que o foco é a devoção de Afonso de Albuquerque à Virgem de Guadalupe.
 
A oficina de danças antigas por Catarina Costa e Silva decorre no dia 14, das 10 às 12 horas, e a oficina de cânticos, por Carme Juncadella, decorre no mesmo dia, das 15 as 17h00.
 
Segundo explica nota da Direção Regional de Cultura, Afonso de Albuquerque foi um profuso cronista das suas próprias conquistas e aventuras. Escreveu numerosas cartas, principalmente ao rei Manuel I, durante as suas viagens e conquistas. Nelas aparece mencionada, por diversas vezes, a sua devoção particular à Virgem de Guadalupe, relatando a história dos diversos objetos enviados, e agora perdidos, para o Mosteiro dedicado a Virgem de Guadalupe em Cáceres, Espanha.
 
O projeto tem a investigação de Carme Juncadella e partiu do prodígio que salvou a vida de Afonso de Albuquerque, numa das batalhas travadas na conquista da Índia, graças a intervenção, que se acreditou ser miraculosa, da Virgem da Guadalupe. O projeto pretende também ser uma imagem musical da colisão de culturas que representou a primeira incursão e domínio do Portugal no Oceano Índico, e baseia-se em vários episódios da vida de Afonso de Albuquerque nestes lugares. Os sucessos e fracassos nas relações com D. Manuel, com os africanos, com os dirigentes hindis, com os comerciantes mouros que estavam ali estabelecidos desde séculos, e com os homens que estavam ao seu mando e o acompanharam nesta gesta inacreditável, mostram a complexidade da incursão portuguesa na Índia. 
 
O espetáculo de encerramento conta com Carme Juncadella (direção artística, investigação e organetto), Maria Bayley (clavicymbalum, harpa e voz), Jorge Luís Castro (barítono e narração), Daniela Tomaz (flautas e adufe), o Ensemble Portingaloise (Catarina Costa e Silva e Thiago Vaz Cruvinel) e o Coro Internacional de Aljezur. No final do concerto, haverá uma partilha gastronómica de produtos emblemáticos das viagens dos portugueses pela África e pela Índia.   
 
“Dias D’as Virgens Negras” é um projeto de O Corvo e a Raposa - Associação cultural, inserido no Programa DiVaM - Dinamização e Valorização dos Monumentos -iniciativa da Direção Regional de Cultura do Algarve.
 
Para mais informações e reservas para os workshops contacte: [email protected], ou o 911 546 695.