Saúde

Especialista pergunta: “O que está à espera para se vacinar?”

Farmacêutica Jéssica Silva
Farmacêutica Jéssica Silva  
Já arrancou a campanha de vacinação sazonal outono-inverno 2025-2026. Num artigo de opinião, a farmacêutica Jéssica Silva explica a importância de se vacinar.

PUB

As campanhas para a vacinação contra a Gripe e a Covid-19 não são demais e reforçam a mensagem de que a imunidade de grupo evita complicações graves, em especial nas populações mais vulneráveis. «Vamos vacinar-nos e proteger os momentos mais importantes?»  - questiona a farmacêutica das Farmácias Holon.

Muito próximas das comunidades, as farmácias são um dos locais onde a população pode deslocar-se para ser vacinada. Se tem entre os 60 e os 84 anos, fale com o seu farmacêutico para agendar ou, sendo possível, ficar já hoje imunizado contra a Gripe e a Covid -19. 

Portugal é um país com elevada taxa de cobertura vacinal contra a gripe. De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), no último ano ficámos perto da meta definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com 75% da população elegível com proteção contra a gripe. Porém, na última campanha, apenas metade das pessoas a quem era recomendado, tomaram a vacina contra a Covid-19., lê-se no artigo enviado ao Algarve Primeiro.

As mais-valias da vacinação

Todos os anos, há quem tenha mais receio das vacinas do que das próprias doenças. Alguns dos leitores devem lembrar-se de patologias como a varíola, a difteria ou o sarampo, responsáveis por milhares de mortes e sequelas graves em crianças e adultos. Graças à vacinação, essas doenças, antes comuns e perigosas, foram erradicadas ou estão controladas em muitos países, explica Jéssica Silva.

A pandemia da Covid-19 veio relembrar a importância da vacinação. Em 2020, quando a OMS declarou a Covid-19 uma pandemia, não existiam vacinas contra o SARS-CoV-2. A rápida disseminação do vírus levou, por todo o mundo, a milhões de hospitalizações e mortes. O desenvolvimento e a administração em larga escala das vacinas, permitiu a redução significativa do número de casos graves, hospitalizações e mortes.

Vacinar contra a gripe e a Covid-19

Este é um claro lembrete de que a vacinação foi essencial para controlar a pandemia, reduzir a gravidade das infeções e salvar muitas vidas. Sem a vacinação, o número de mortes teria sido significativamente maior e o combate à Covid-19 mais difícil e prolongado, alerta a farmacêutica.

Não há dúvidas de que as vacinas são uma das medidas preventivas mais eficazes para evitar infeções graves, hospitalizações e mortes. A campanha de vacinação sazonal contra a Gripe e a Covid-19 já arrancou e decorre até 30 de abril de 2026. Os indivíduos entre os 60 e os 84 anos podem deslocar-se à sua farmácia para se vacinarem, de forma gratuita e sem necessidade de receita médica. Acima dos 85 anos, a vacinação decorre no Centro de Saúde., lê-se no mesmo artigo.

Este ano, a novidade é o alargamento da vacinação gratuita a crianças dos 6 aos 23 meses, nos centros de saúde. Como o sistema imunitário das crianças ainda está em desenvolvimento, vaciná-las ajuda a protegê-las e também contribui para a proteção da comunidade, incluindo os avós, que são mais vulneráveis a desenvolver complicações graves.

A vacinação não impede que possa vir a ter gripe. «Após a toma da vacina, alguns de nós já tivemos gripe ou Covid-19, contudo, sem apresentar sintomas graves. É importante compreender que as vacinas não impedem necessariamente a infeção, mas ajudam a prevenir complicações graves que podem colocar a vida em risco», destaca Jéssica Silva.

Todos os anos, a vacina da gripe é adaptada para proteger contra as estirpes em circulação de cada ano. No caso da vacina da Covid-19, sabe-se que a imunidade demora algum tempo a desenvolver-se e que diminui ao longo do tempo. Além disso, à medida que envelhecemos, o nosso sistema imunitário torna-se mais fragilizado, o que explica a importância do reforço regular da vacinação. 

A campanha de vacinação sazonal é o momento ideal para reforçar a proteção e prevenir complicações.