Sociedade

Este foi o ano em que houve maior área ardida desde 2004 no Concelho de Loulé

A Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Município de Loulé, reuniu nas instalações do Serviço Municipal de Proteção Civil, Segurança e Florestas, tendo sido feito o balanço da época dos incêndios rurais no concelho durante 2022, ano em que houve a maior área ardida neste território desde 2004, comunica a autarquia em nota de imprensa.

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O incêndio que deflagrou nas Gambelas, concelho de Faro, no dia 13 julho, alastrando-se com grande intensidade e gravidade para o concelho de Loulé, foi responsável pelo aumento da área ardida este ano.
 
Estas conclusões foram apresentadas numa reunião presidida pelo autarca Vítor Aleixo, tendo sido realizadas várias apresentações sobre o trabalho desenvolvido no patamar municipal e os resultados alcançados, desde a fase de planeamento, sensibilização e informação pública, prevenção, vigilância e combate a incêndios rurais.
 
Não obstante a vigilância normal levada a cabo pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, em conjunto com as juntas de freguesia e associações e clubes de caçadores, a Câmara de Loulé descreve que houve um reforço durante o período em que foi decretada situação de contingência, por forma a aumentar o empenhamento dos operacionais no terreno. O município destaca "a grande disponibilidade, empenho e cooperação de todos os agentes de proteção civil e das populações residentes" durante os incêndios rurais que deflagraram neste território.
 
Por outro lado, este ano a autarquia reforçou o seu dispositivo através da inauguração da Unidade Avançada de Proteção Civil de Loulé, estrutura localizada estrategicamente para apoiar e reforçar a defesa da floresta contra os incêndios rurais na Serra do Caldeirão. Pela primeira vez, entre 20 de junho e 2 de outubro, dois elementos do destacamento de cavalaria da GNR fizeram o patrulhamento florestal diário entre as freguesias de Salir e do Ameixial, contribuindo para a prevenção de incêndios.
 
De acordo com os responsáveis municipais, é necessário ter consciência de que o aumento das temperaturas e a mudança do clima potenciam a ocorrência cada vez mais frequente de fenómenos naturais extremos. Nesse sentido, a autarquia garante continuar a trabalhar e a desenvolver a sua estratégia para minimizar os efeitos dos incêndios rurais, para a segurança e salvaguarda das populações e a manutenção da biodiversidade.
 
Neste momento de análise e balanço estiveram presentes elementos da Comissão Municipal de Proteção Civil e as entidades que integram as reuniões operacionais de defesa da floresta contra incêndios, realizadas quinzenalmente entre 1 de julho e 30 de setembro, período operacional especial de combate a incêndios rurais, conclui a mesma fonte.