Estudo: Mulheres licenciadas ganham em média mais do que os homens com o mesmo nível de escolaridade em apenas 6 profissões

Estes dados, que constam no Insight da Fundação José Neves, a propósito da comemoração do Dia Internacional da Mulher, revelam que a vantagem salarial dos homens com licenciatura comparativamente às mulheres com o mesmo nível de escolaridade continua a ser expressiva, mas que esta diferença tem vindo a diminuir significativamente nos últimos anos.

 

A redução deve-se, em grande medida, ao crescimento mais acentuado do salário médio das mulheres licenciadas no período pós-crise financeira. Entre 2017 e 2020, este crescimento foi de 2,8% para os homens e de 5,4% para as mulheres.

 

No caso dos trabalhadores mais jovens, entre os 25 e 34 anos, os homens licenciados também auferiram, em 2020, um salário superior ao das mulheres com o mesmo nível de escolaridade, contudo, a diferença salarial foi de 19%, um valor bastante inferior ao verificado nas faixas etárias mais elevadas.  

 

Existem cinco profissões onde a disparidade salarial entre homens e mulheres foi superior a 50%, ou seja, o salário médio auferido pelos homens licenciados foi 1,5 vezes superior ao salário médio das mulheres com a mesma escolaridade: Treinadores, instrutores e árbitros de desportos; Chefes de cozinha; diretores gerais e gestores executivos de empresas; filósofos, historiadores e especialistas de ciências políticas; diretores das indústrias de construção e de engenharia civil.

 

Tendo em conta a diferença salarial verificada entre homens e mulheres com licenciatura, não é surpreendente que os homens ganhem mais do que as mulheres na maioria das profissões qualificadas, que constam na plataforma Brighter Future e que, à partida, exigem o ensino superior.

 

Mas existem exceções. De acordo com os dados de 2020, apenas em 6 das 129 profissões qualificadas, que constam na plataforma Brighter Future, as mulheres licenciadas auferiram um salário médio superior ao dos homens com licenciatura: Professores do ensino básico (1º ciclo); Educadores de infância; realizadores, encenadores e produtores de cinema, teatro, televisão e rádio; técnicos em redes, sistemas de computadores e Web; biólogos, botânicos, zoólogos e especialistas relacionados; especialistas do trabalho social.

 

O estudo da Fundação José Neves, pode ser consultado na íntegra aqui.