A eurodeputada do PSD, Maria da Graça Carvalho, defendeu na segunda-feira, durante uma intervenção na sessão plenária de Estrasburgo, que a União Europeia deve elaborar um plano de contingência para fazer face aos efeitos da seca extrema que afeta várias áreas do Alentejo e do Algarve, com medidas que permitam dar respostas imediatas e a longo prazo a este problema.
Recordando um apelo nesse sentido feito há dias em Bruxelas pelo presidente da Câmara de Monchique, Rui André, a eurodeputada considerou que «este plano poderá passar por programas de eficiência na utilização da água, construção de barragens ou instalação de centrais de dessalinização».
Para a eurodeputada, o pedido feito pelo autarca algarvio reflete as preocupações de muitos outros responsáveis políticos, nomeadamente nos países do Sul da Europa.
«Consciente de que a falta de água é um flagelo para muitas regiões europeias subscrevo e reforço este apelo à ação», disse. E acrescentou: «É urgente que a União Europeia defina e implemente medidas que permitam enfrentar com maior rapidez estes e outros fenómenos».
Numa altura em que se aproxima a Conferência das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas de 2019 (COP25), que terá lugar em Madrid entre os dias 2 e 13 de dezembro, Maria da Graça Carvalho lembrou que «a luta contra as alterações climáticas não se faz apenas pela adoção de medidas preventivas, por mais cruciais que estas sejam. É igualmente essencial dar resposta aos efeitos que já enfrentamos nos nossos dias».