"A chave do problema que se exige com urgência é prevenir", diz a associação.
"Pela retração ao consumo e gastos em viagens o consequente abrandamento económico e dinamismo da sociedade britânica, as continuadas incertezas quanto ao Brexit, levam a que regiões como o Algarve, estejam dependentes do mercado britânico, do turismo e também da venda de horto-frutícolas", afirmou José Vitorino, Presidente da Algfuturo - União Empresarial do Algarve, no decorrer de uma reunião que teve lugar esta semana entre uma delegação da associação e outra do Bloco de Esquerda, chefiada pelo deputado algarvio João Vasconcelos.
Em comunicado a Algfuturo aponta que o tema foi discutido pelas duas delegações, com José Vitorino a perspetivar que "face às fragilidades provocadas pelas dependências, em que a economia do Algarve tem, em cerca de 70% do turismo, e que esta assenta relativamente aos estrangeiros em cerca de 50 % de ingleses, caso se verificasse o pior dos cenários com uma queda abrupta desse mercado, a região entraria em colapso económico e social, não havendo medidas de emergência que salvassem a região".
Defendeu que "a chave do problema que se exige com urgência é prevenir com medidas de fundo que atenuem a sazonalidade e reduzam de forma significativa a dependência do mercado britânico".
Concluiu ser necessário, "abrir a livre circulação do Algarve aos 8,5 milhões de andaluzes todo o ano, fazer promoção a sério no Reino Unido e noutros países, direcionada para segmentos de mercado alvo; apostar em mais rotas aéreas e destinos e lançar um programa de requalificação geral do Algarve".
O deputado João Vasconcelos descreveu em particular as iniciativas do Bloco de Esquerda no Parlamento pela abolição das portagens e a alta sinistralidade verificada na EN125.
As duas delegações consideraram de interesse para a região manter "um canal aberto de relacionamento institucional" para troca de informação e reflexão.