Como a época de incêndios florestais está à porta, a Câmara de Loulé volta a reforçar os meios preventivos no terreno.
Com esse objetivo, e pelo sexto ano consecutivo, o município celebrou um protocolo com o Exército Português para fazer a vigilância e patrulhamento do seu extenso território, com especial incidência nas zonas do interior. Na manhã desta terça-feira, no Salão dos Paços do Concelho, o autarca Vítor Aleixo e o Comandante do Regimento de Infantaria nº 1, Coronel João Rodrigues Henriques, firmaram de novo esta cooperação.
Assim no período compreendido entre o início do mês de julho e 30 de setembro, diariamente, uma patrulha com três elementos do Exército, através de uma viatura 4X4, andará pelos montes, cerros e aldeias isoladas na serra algarvia para detetar eventuais focos de incêndio, evitando a sua propagação.
Segundo adianta nota da câmara, os militares, que percorrerão cerca de 140 quilómetros por dia, ficarão instalados, durante este período de vigilância, na Escola Primária do Malhão, na freguesia de Salir, mantendo-se em permanente articulação com o Comando Regional de Emergência e Proteção Civil e o Serviço Municipal de Proteção Civil de Loulé, informando estes serviços sobre as situações ocorridas.
Para o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, “este protocolo tem sido bastante profícuo na medida em que tem permitido diminuir a probabilidade das ocorrências, reforçando, assim, a segurança das populações e dissuadindo comportamentos negligentes”. “Perante a vastidão do território, em que 40 por cento do total da área tem um nível de perigo de incêndio florestal considerado muito elevado, o trabalho de vigilância é extramente difícil. O Exército tem sido um parceiro importante que, através das suas ações de patrulhamento, tem detetado atempadamente os incêndios, evitado que estes atinjam proporções dramáticas, como já aconteceu no passado”, adiantou o responsável da autarquia de Loulé.
Neste âmbito, recentemente foi apresentada a Equipa de Sapadores Florestais, um dispositivo municipal da defesa da floresta contra incêndios. Foi igualmente consolidada a parceria com as juntas de freguesia das zonas rurais e do interior e com as associações de caçadores, através da distribuição de kits com equipamentos de proteção individual bem como de apoio financeiro para melhoramentos de caminhos florestais e aquisição de equipamentos de primeira intervenção.
Refira-se que o dispositivo de patrulhamento e vigilância no concelho, tem sido acrescentado ao longo dos últimos anos, sendo constituído, além do Exército Português, pelas Equipas Municipais de Intervenção Florestal do Serviço Municipal de Proteção Civil, as Brigadas de Jovens Voluntários, as Associações de Caçadores (protocoladas com o município), as Juntas de Freguesia, a Guarda Nacional Republicana, a Equipa de Sapadores Florestais de Loulé da Associação de Produtores Florestais da Serra do Caldeirão e os Vigilantes da Natureza do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas que operam na zona da Ria Formosa, existindo ainda no concelho duas Torres de Vigia (Zebro e Malhão), ambas na freguesia de Salir.