Em resposta ao comunicado enviado à imprensa esta semana pelo PSD local, a autarquia de S.Brás de Alportel dá a conhecer o propósito da Feira da Serra e por que razão se trata da maior festa para o concelho.
O PSD de São Brás de Alportel revelou em nota enviada à comunicação social, que “a Feira da Serra de 2017, terá registado um ‘buraco financeiro’ de 133 mil euros”.
No mesmo comunicado, os Social Democratas defendem que apesar da Feira da Serra, ser um "evento emblemático do concelho", a estratégia mais adequada é torná-lo "sustentável".
Perante esta acusação, o executivo faz saber que, “a Câmara Municipal de São Brás de Alportel pretende esclarecer que, o comunicado recentemente divulgado pela Comissão Política do Partido Social Democrata de São Brás de Alportel junto dos órgãos de comunicação social e nas redes sociais é um atentado ao bom nome do Município, dos seus trabalhadores, bem como de todos os participantes (artesãos, produtores, associações, grupos musicais, empresas, empreendedores, estabelecimentos de restauração e comércio local e muitos outros), colaboradores, voluntários, patrocinadores e parceiros que ao longo de já 27 anos levam a cabo aquela que é a grande festa de todos os são-brasenses”.
O executivo liderado por Vítor Guerreiro considera “lamentável que, a menos de duas semanas do arranque da 27.ª edição do evento mais importante para a economia do concelho, que dinamiza direta e indiretamente todos os seus setores, a concelhia do PSD de São Brás de Alportel, num ato de pura demagogia e muito mau gosto, denigre a sua imagem e põe em causa a idoneidade e profissionalismo dos colaboradores da Câmara Municipal”.
Em resposta enviada à comunicação social, o executivo de S.Brás esclarece que “O valor global obtido com a venda dos ingressos da Feira da Serra entrou na edição de 2017, como em todas as edições, na totalidade, na Tesouraria da Câmara Municipal, constituindo receita do Município, conforme é o regular procedimento contabilístico”.
No mesmo comunicado dá-se conta de que, “O número global de entradas na Feira da Serra contabilizado e divulgado pela Câmara Municipal é obtido através de uma estimativa que inclui, para além do número de ingressos vendidos, muitos milhares de visitantes com idades iguais ou inferiores a 10 anos, isentos de ingresso de entrada; todos os colaboradores, voluntários e participantes, igualmente isentos de ingresso de entrada, bem como todo os portadores de convite ou ingresso – oferta, disponibilizado pela Comissão Organizadora a um conjunto muito alargado de entidades parceiras no evento, conforme compromissos estabelecidos no âmbito do procedimento de patrocínio do evento; e a um vasto conjunto de entidades e personalidades que integram o protocolo local, regional e nacional da Câmara Municipal, procedimento comum a toda as instituições”.
Na mesma nota, a autarquia adianta que, “no número global de entradas estão ainda contabilizadas as entradas mediante ingresso-oferta obtido nos diversos concursos realizados nos órgãos de comunicação social e outros parceiros, e em ações de promoção que a Câmara Municipal desenvolve, nomeadamente em feiras de turismo como a Bolsa de Turismo de Lisboa e eventos, como o recente Algarve Classic Cars”.
Esclarece-se ainda que “este número global integra também todos os bombeiros e elementos das forças e serviços de segurança, mesmo que não se encontrem em serviço, bem como representantes da comunicação social, devidamente identificados”.
O executivo de Vítor Guerreiro sublinha que, “as receitas da Feira da Serra não se resumem à venda de ingressos, incluindo também, entre outros, os valores cobrados pela disponibilização de stands e espaços de venda e exposição, bem como o apoio financeiro prestado por um vasto conjunto de patrocinadores e parceiros que reconhecem valor e notoriedade a este evento”.
No mesmo comunicado, “a Câmara Municipal lamenta o teor das falsas acusações que são feitas à Comissão Organizadora da Feira e a todos os trabalhadores e colaboradores, bem como o facto de ser indicado como ‘prejuízo’ o investimento da autarquia no maior evento do concelho que traz a São Brás de Alportel milhares de visitantes do país e além-fronteiras, dando a conhecer as potencialidades do território”.
O executivo municipal liderado, por Vitor Guerreiro, “reafirma que o investimento na Feira da Serra de São Brás de Alportel é um investimento estratégico na dinamização da economia local e na consolidação e projeção do concelho ao nível da região e do país, com um retorno global, no presente e para o futuro. Um investimento assumido com responsabilidade pelo executivo municipal, em prol do desenvolvimento económico do concelho”.
Os “lucros” da Feira da Serra não se medirão jamais apenas em euros de receitas entradas na tesouraria da Câmara Municipal, mas sim na dinâmica dos diversos setores da economia local envolvidos, cada vez em maior número; no envolvimento cada vez maior dos jovens e no incentivo ao empreendedorismo e à inovação, a par da importante valorização das tradições e na transmissão de saberes e sabores para as jovens gerações, sustenta o mesmo comunicado.
“O executivo municipal repudia profundamente este tipo de atuação, por parte da Comissão Política Concelhia do PSD e deixa uma palavra de agradecimento e conforto para com todos os trabalhadores do município, todas as pessoas envolvidas na organização da Feira da Serra e toda a comunidade são-brasense que se envolve e colabora, todo os que de algum modo, são lesados com o teor do comunicado Social Democrata”, conclui o mesmo documento enviado pela autarquia de S.Brás.
