Economia

Exploração de petróleo no Algarve: Repsol/Partex começam a perfurar em Outubro

Com a garantia de que “não vai haver nenhuma plataforma petrolífera em frente à praia", o consórcio Repsol/Partex pretende avançar com a exploração de gás natural no Algarve já no próximo mês de Outubro.

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António Costa Silva disse que "está tudo pronto para avançar com a exploração de gás natural no Algarve", adiantando que em Outubro o consórcio começa a perfurar o poço a cerca de 40 a 50 quilómetros da costa, em frente a Faro.
 
Em entrevista à Antena1/Económico, o presidente executivo da Partex (da Fundação Calouste Gulbenkian) garantiu ainda que "não vai haver nenhuma plataforma petrolífera em frente à praia", explicando que "tudo se passará no fundo submarino". 
 
O concurso para a atribuição da concessão data de 2001, mas o contrato só foi assinado em 2011. António Costa e Silva considera "uma missão de soberania nacional" inventariar os recursos naturais que o país tem, defendendo que "só depois deve vir a discussão sobre o que se vai ou não explorar".
 
Segundo a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC), o consórcio Partex/Repsol detém quatro concessões, em mar alto, no Algarve, designadas Lagosta, Lagostim, Sapateira e Caranguejo. 
 
Esta informação surge numa altura em que grupos de cidadãos e ambientalistas têm criticado a atribuição de concessões de exploração de petróleo e gás natural no Algarve e os próprios municípios algarvios decidiram em Março, por unanimidade, recorrer à via judicial para tentar travar os contratos assinados para a região.
 
Jorge Botelho, presidente da Comunidade Intermunicipal algarvia (AMAL), clarificou que, até ao momento ainda não obteve uma resposta face à posição dos 16 presidentes de câmara algarvios. 
 
Recorde-se que, em conjunto, os autarcas decidiram contratar juristas para empreenderam acções legais, como providências cautelares, para evitar a consumação desses contratos, depois de os municípios da região terem feito esse pedido ao secretário de Estado da Energia. O responsável pela AMAL aguarda uma resposta.