A exposição “Loulé: Territórios, Memórias, Identidades”, patente no Museu Nacional de Arqueologia – Mosteiro dos Jerónimos desde 21 de junho de 2017, já se visita através do recurso a áudio-guias e a áudio-descrição.
O visitante poderá assim realizar uma visita autónoma, sem marcação de dia e hora através do recurso gratuito a aparelhos de áudio-guias.
De acordo com informação da autarquia de Loulé, de forma pioneira e inovadora em exposições temporárias, “Loulé: Territórios, Memórias e Identidades” é agora uma exposição áudio-descrita, ferramenta fundamental para pessoas de baixa visão e cegos.
Para além da disponibilização deste equipamento, é possível realizar visitas áudio-descritas, mediante solicitação para o email:
[email protected].
“Loulé: territórios, Memórias e Identidades” tem na acessibilidade mais um aspeto essencial na construção da exposição e na sua dinamização cultural, de forma a permitir o acesso a públicos distintos, nomeadamente com peças tácteis, materiais em linguagem simples, materiais em Braille e acesso a pessoas com mobilidade reduzida.
Organizada pelos Museus Nacional de Arqueologia e Municipal de Loulé, a exposição conta desde a inauguração com mais de 100 mil visitantes.
Esta mostra dá a conhecer aos visitantes os mais de sete mil anos de história do território do Concelho e retrata as estratégias de ocupação do Homem ao longo dos tempos, na serra, no barrocal e no litoral, do município algarvio com mais área territorial.
Destaca-se também os resultados das escavações de paleontologia que decorrem na Rocha da Pena (Salir), coordenadas pelo paleontólogo Octávio Mateus, da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, e que revelaram, no território português, o primeiro espécime do anfíbio metopossaurus, que recebeu o nome de algarvensis, e de um fitossauro, permitindo olhar para o território que é hoje Loulé há 227 milhões de anos, no Triásico.
Para pôr de pé esta exposição, ao todo, foram inventariados 1200 bens culturais, dos quais 504 bens foram selecionados para expor tendo 166 sido restaurados. Os bens culturais provêm de 12 instituições distintas, entre as quais se destacam, além do Museu Nacional de Arqueologia, o Museu Municipal e o Arquivo Histórico de Loulé e o Museu e Estação Arqueológica do Cerro da Vila (em Vilamoura) que emprestaram mais de 80% das peças à exposição, às quais se juntam a UNIARQ-Centro de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, o Museu Municipal de Faro, o Museu Municipal da Figueira da Foz, o Museu Municipal de Arqueologia de Albufeira, o Museu Municipal de Arqueologia de Silves, a Universidade do Algarve, a Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova e o Museu da Lourinhã.