A exposição de fotografia Tochas, de Vasco Célio, é mais uma iniciativa que integra o programa cultural 365 Algarve, no âmbito do ciclo de arte contemporânea "Um Certo Ponto de Vista", projeto da Associação Artadentro.
Dizem (entre outras hipóteses), que há cerca de dois séculos, os habitantes de São Brás de Alportel, perante a aproximação de uma frota invasora e do perigo do saque, da destruição e da morte, socorreram-se de um ardil: à noite, ao longo da costa de frente ao mar, de tochas acesas nas mãos e outras enfileiradas cravadas no chão, convenceram o inimigo que eram muitos e preparados, levando-o a cancelar o desembarque e a seguir caminho. Desde então, este evento passou a ser festejado com alegria e exuberância, também com religiosidade, tendo a tocha original sido substituída pela simbólica tocha floral.
Agora, é não só a lenda mas também o fervor dos são-brasenses nesta celebração anual, que motivou Vasco Célio a fazer o registo fotográfico exaustivo dos protagonistas da Procissão das Tochas Floridas, explica a Artedentro.
A exposição será inaugurada no dia 9 de dezembro às 18h00, e ficará patente no Museu Municipal de Faro até 4 de fevereiro de 2018, podendo ser apreciada de terça a sexta das 10h00 às 18h00 e aos sábados e domingos das 10h30 às 17h00.
Encerra às segundas e feriados.
Sobre o artista:
Vasco Célio é natural do Lubango em Angola donde, recém-nascido, vem com a família para Portugal. Desde então, reside e trabalha em Loulé no Algarve, região onde se tem afirmado como fotógrafo profissional e como artista. Estudou História da Fotografia de Publicidade, Fotojornalismo, fez Pós-Graduação em Artes e Programação Cultural no INUAF em 2007. Posteriormente participa em workshops de vídeo, de fotografia para cinema e, entre 2009 e 2012, frequenta Mobile Home (projecto de formação artística desenvolvido por Nuno Faria em Loulé). Desde 1996, participa em exposições individuais e colectivas em Portugal e no estrangeiro, bem como em projectos de colaboração com outros artistas.