O Núcleo de Investigação de Crimes e Contraordenações Ambientais do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR, constituiu arguidos um homem e uma mulher, de 62 e 66 anos, por suspeita da prática dos crimes de falsificação de documentos, usurpação de funções e burla qualificada, no concelho de Tavira.
Conforme descreve comunicado da GNR,"os suspeitos faziam-se passar por médicos veterinários e geriam uma clínica clandestina na sua residência, falsificando boletins de vacinação de animais com um carimbo inexistente e desconhecido na Ordem dos Médicos Veterinários em Portugal e Espanha. No mesmo espaço, criavam e vendiam cães de diversas raças, sempre com boletins de vacinação com carimbo e assinatura falsificados".
A investigação que decorria desde julho de 2018, culminou na realização de quatro buscas, uma domiciliária e três em veículos, tendo sido apreendidas 132 ampolas para vacinação animal; 61 seringas e 192 agulhas; três frascos com solução injetável para canídeos; medicamentos para canídeos; cartões de visita com a indicação da atividade e localização dos visados;dois computadores portáteis e três telemóveis; diversos documentos relacionados com a atividade veterinária e um carimbo falso com inscrições de médico veterinário.
A GNR esclarece que o espaço foi também fiscalizado, tendo sido detetados 48 cães de criação, sem registo e licença dos animais na junta de freguesia, falta de licença de canil e inobservância dos requisitos de venda de animais de companhia, tendo sido elaborados os respetivos autos de contraordenação.
Nesta ação foram empenhados 23 militares do Comando Territorial de Faro, auxiliados por uma Médica Veterinária do Serviço de Alimentação e Veterinária da Região do Algarve e uma Médica Veterinária do Município de Tavira.