Sociedade

Família indignada por troca de cadáveres no Centro Hospitalar Universitário do Algarve

Caso aconteceu ontem.

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O corpo de Lucinda Dias da Silva Pereira, de 76 anos, residente na cidade de Olhão, ficou por ser entregue à sua família esta terça-feira, por erro do Centro Hospital Universitário do Algarve, para a realização das cerimónias fúnebres. “Fizemos o funeral de alguém que não nos pertence” começa por relatar em exclusivo ao Algarve Primeiro, Mafalda Pereira, uma das filhas de Lucinda Pereira.
 
A situação aconteceu esta terça-feira, dia 5 de maio, tendo provocado uma enorme onda de consternação nesta família olhanense. Recorde-se que devido à atual pandemia de COVID-19, os funerais decorrem com um máximo de 10 pessoas e as urnas não são abertas.
 
Segundo avançou ao nosso jornal Mafalda Pereira, “Tivemos uma reunião com a Dra. Ana Paula Gonçalves, Presidente do Conselho de Administração do CHUA, e disse-nos que esta situação não chegou através de nenhum funcionário, chegou através da família por e-mail”. “Esta situação é muito grave, quero que sejam apuradas todas as responsabilidades, pelo que vou contactar o meu advogado”. 
 
Conforme adiantou, “O corpo no qual a minha família fez o velório foi de uma senhora que era para ser cremada na tarde da passada terça-feira, em Albufeira”. Mafalda Pereira exige agora que o hospital dê o acompanhamento correto deste caso e apoio psicológico a toda a família.
 
Refira-se que o corpo de Lucinda Pereira, encontra-se na morgue do Hospital. Contactada pelo Algarve Primeiro a administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, "confirma e lamenta o sucedido", referindo que transmitiu "pessoalmente aos familiares a sua preocupação". Para já foi instaurado um processo de inquérito "para apurar todas as responsabilidades".
 
Tiago Lima/Emídio Santos