Numa mensagem publicada no domingo nas suas redes sociais, o jogador, de 25 anos, criticou “as pessoas de mau caráter que só olham para o próprio umbigo e também para as suas próprias ambições”, sem especificar o alvo, e revelou que não queria mais “defender as cores” do emblema algarvio.
Na resposta, em comunicado divulgado hoje, a SAD da formação de Faro acusou o defesa, há três épocas no Algarve, de ingratidão e explicou que já foram tomadas “medidas disciplinares pertinentes” para apurar responsabilidades.
Pastor representa o Farense desde 2022/23, na época de subida à I Liga, tendo na última temporada somado 34 jogos e duas assistências no primeiro escalão, em que o Farense foi 17.º classificado, lugar que selou nova despromoção.
Nas suas redes sociais, o jogador brasileiro afirmou ser “grato” ao Farense por tudo o que viveu “até aqui” e “por ter apostado” em si, mas deixou claro que quer sair do clube despromovido ao segundo escalão, apesar de ter vínculo por mais duas épocas.
Pastor, que a imprensa desportiva dá como alvo de interesse de vários clubes, criticou as pessoas que “estão dispostas a olhar para o próprio umbigo, [a] olhar para os desejos pessoais que foram frustrados”, e que o tentaram “deixar para baixo”.
“Eu, desde já, deixo claro que não quero e não vou mais defender as cores do Farense, não pelas pessoas que são apaixonadas, não por este povo que vive o futebol, mas sim pelas pessoas que só querem o benefício próprio”, vincou.
O futebolista brasileiro afirmou ter “metas”, “sonhos” e “objetivos” por realizar, acrescentando: “Se por motivos pessoais e por egos elevados não me deixam conquistar aquilo que sempre sonhei, então não me restam motivos para defender um símbolo que defendi com tanto orgulho e determinação e com tanto empenho como defendi até hoje”.
“Desde já deixo claro que a partir de hoje não faço mais parte do Farense e desejo que este gigante possa voltar ao [mais] alto escalão. Mas, enquanto tiver pessoas ruins não voltará”, escreveu.
Em comunicado, a Farense SAD explicou ter tomado conhecimento das declarações públicas do jogador, “cujo conteúdo atenta contra a verdade dos factos, a reputação desta sociedade desportiva e a integridade de todos quantos a servem com profissionalismo e dedicação”.
Além da “falsidade e gravidade das afirmações”, o emblema de Faro registou “com perplexidade o tom profundamente ingrato de quem foi acolhido e valorizado em todas as fases da sua carreira”.
A SAD algarvia repudiou “na íntegra” as críticas de Pastor e sustentou que, “tendo sempre cumprido rigorosamente todas as obrigações contratuais assumidas com o referido atleta”, exigirá “com igual firmeza o integral cumprimento dos deveres laborais” que o vinculam ao Farense.
“Foram já desencadeadas as medidas disciplinares pertinentes, bem como todos os meios legais ao seu dispor para o apuramento de responsabilidades e a reposição da conduta que se exige a todos os profissionais que a representam”, lê-se.
Lusa