Sociedade

FARO: Casal continua na luta pela guarda do filho entregue ao Refúgio Aboim Ascensão

Com a mensagem de que, “Não nos pode ser negado o direito de ficarmos com o nosso filho”, Sónia e Rodrigo continuam no terreno para recuperarem o filho que foi entregue ao Refúgio Aboim Ascensão.

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Os pais dizem que, o Estado lhes retirou o filho de 17 meses e entregou-o a uma instituição.
 
Na base desta institucionalização estará a alegada incapacidade de Sónia cuidar do filho. De acordo com os relatórios médicos, a mãe sofre de epilepsia e depressão, “estando ambas as doenças controladas”, segundo Sónia.
 
O pai mostra-se indignado, já que “não fui tido nem achado no processo. Eu trabalho e reúno todas as condições para ajudar a minha mulher a cuidar do nosso filho, por isso vou lutar até às últimas consequências”.
 
Em linha com os pais que se dizem injustiçados com “retiradas abusivas” de crianças, foi criado um movimento “que pretende dar voz a estes pais” com protestos em todo o país.
 
Na passada segunda-feira, o Movimento organizou uma ação de protestos de norte a sul, sendo que, Sónia e Rodrigo “não faltaram à chamada” e deram a cara frente à instituição onde se encontra o filho.
 
Sem descartar a possibilidade de uma greve de fome e de fazer chegar a sua indignação a todos os responsáveis, o casal diz não arredar pé desta luta pelo filho.
 
Sónia e Rodrigo protestaram em frente ao Refúgio Aboim Ascensão, em Faro com vista a fazer chegar o seu inconformismo aos meios de comunicação social e a todos os envolvidos nesta causa.
 
O protesto partiu da Associação e Movimento de Alerta à Retirada de Crianças e Adolescentes (AMARCA), que apelou aos seus associados que viessem para a rua, em 16 pontos diferentes do país, para protestar e denunciar a alegada violação dos direitos fundamentais das famílias que se encontram numa situação semelhante à de Sónia e Rodrigo. Cerca de 100 pessoas terão aderido ao protesto, segundo o movimento.
 
Rodrigo trabalha no CHA – Centro Hospitalar do Algarve, unidade de Faro, numa empresa de limpezas, enquanto que a companheira, Sónia é pensionista por invalidez. Na posição do casal, estes não são motivos para que não possam ter o filho, pois “todos os relatórios médicos dão conta de que as minhas doenças estão controladas”, sublinha Sónia.
 
Com a promessa de fazer chegar o processo ao Tribunal dos Direitos do Homem, Rodrigo diz estar a aguardar a decisão do Tribunal da Relação de Évora para saber qual será o passo seguinte.
 
Algarve Primeiro