Sociedade

Faro: mãe que fugiu do hospital com recém-nascido vai cumprir trabalho comunitário

A mulher de 28 anos que fugiu do Hospital de Faro com o recém-nascido, já estava a ser investigada pela prática de maus-tratos ao filho de seis anos.

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De acordo com os relatos dos vizinhos, o menino era vítima de agressões que a mãe justificava com desculpas como “portou-se mal”, “não pára de chorar” ou “não para de me pedir coisas”.
 
Alexandra Patrício agredia o filho com o cabo de uma vassoura, para além das palmadas, dos nomes que lhe chamava e dos pontapés. “O menino chegou a aparecer com um olho negro da pancada que levava”, afirmam testemunhas que denunciaram o caso que deu lugar a uma investigação e à retirada da criança.
 
Quando a mulher fugiu do hospital com o recém-nascido, duas horas após o parto, o menino de seis anos já se encontrava no Refúgio Aboim Ascensão, local onde agora também se encontra o irmão até que o seu processo seja resolvido.
 
Luís Vilas-Boas afirmou à TVI que “o bebé está bem, com a vigilância que é exigida nesta fase e com o facto de a mãe ser toxicodependente.”
 
Alexandra responde agora pelas agressões ao filho de seis anos, sendo que, o processo-crime foi concluído três dias antes de ter fugido do hospital de Faro, a 22 de julho.
 
A investigação decorria desde outubro de 2014, aquando da primeira agressão. Na altura, optou-se por não avançar com a acusação e suspendeu-se provisoriamente o processo.
 
Agora a mulher de 28 anos terá de cumprir nos próximos 18 meses 200 horas de trabalho comunitário, sujeitar-se a um tratamento para a toxicodependência e integrar um programa de repressão da violência doméstica.
 
Ao mesmo tempo, está a decorrer um processo relativo ao incidente com o seu bebé recém-nascido, pelo que, Alexandra arrisca ser formalmente acusada de maus-tratos e ir a julgamento.