A antiga companheira do homicida que vitimou a sogra de 64 anos na passada semana em Faro, já teve alta hospitalar.
Segundo apurou o Algarve Primeiro, a mulher de 32 anos que ficou gravemente ferida num braço na sequência dos disparos de caçadeira do antigo companheiro, já saiu do hospital de Faro, onde estava internada, tendo sido submetida a uma intervenção cirúrgica.
De acordo com testemunhos no local, a mulher procurou uma nova residência, uma vez que “não quer regressar à casa onde vivia com a mãe e os filhos devido à tragédia”, apesar de recuperada dos ferimentos, sente-se muito abalada com toda a situação ocorrida, que lhe vitimou a mãe, razão pela qual “foi viver para a casa do irmão”.
Ao que os vizinhos adiantam, “o homem estaria furioso por não querer ser pai e a mulher estar grávida. Esse fato motivou o pedido de divórcio da mulher, apesar de estarem casados há poucos meses”.
A mulher já tinha três filhos de dois relacionamentos anteriores, crianças essas que assistiram ao crime e que, “neste momento, as do primeiro casamento, estão em Lisboa com o pai”.
Presume-se que a outra criança esteja com a mãe agora recuperada dos ferimentos no braço.
O homem não queria a separação e “tudo fez para adiar a data do divórcio".
Segundo alguns moradores da Rua Serpa Pinto em Faro que conhecem os contornos desta história com desfecho trágico, “ele sabia que tinha de ir no dia 18 de Março a tribunal. Já tinha adiado uma vez a data”.
Os moradores da rua perto do terceiro andar onde ocorreu o crime adiantam que, “ele foi à casa do pai buscar a caçadeira, estava vestido com um fato camuflado e, aproveitou a entrada no prédio acompanhando as enteadas que chegavam da catequese”.
As crianças avisaram a avó da presença do padrasto e, quando a mulher se aproximou da porta para lhe impedir a entrada no apartamento, o homem disparou mortalmente, “acabando por atingir também a companheira num braço”.
As crianças também foram transportadas para o Centro Hospitalar do Algarve, unidade de Faro, para receber apoio psicológico. Depois do incidente “o pai das crianças, que reside em Lisboa, veio buscar os menores”.
Entretanto a mulher que perdeu o bebé, lamenta a morte da mãe, motivos que a levaram a procurar o apoio do irmão, também presente na tragédia, para a acolher na sua casa.
Natural de Castelo Branco, o homicida de 30 anos ainda esteve algumas horas em fuga, mas acabou por se entregar às autoridades na sua terra natal. Neste momento, encontra-se detido.