O jogo “Baleia Azul” é uma preocupação dos pais, mas também das autoridades que estão a investigar o caso à semelhança do que está a decorrer em vários países.
O jogo cujo nome é muito pouco para traduzir o que ocorre na prática, já vitimou mais de 130 jovens em todo o mundo. Em Portugal são já três os casos conhecidos pelo envolvimento no jogo que remete os adolescentes mais vulneráveis emocionalmente, ao suicídio.
O caso mais grave registado no nosso país ocorreu em Albufeira, quando uma jovem tentou atirar-se de um viaduto para cumprir a “última etapa do jogo”.
Na sequência deste incidente com contornos graves, a Procuradoria-Geral da República pondera mandar bloquear hiperligações de acesso ao jogo online Baleia Azul.
O jogo incentiva jovens em vários pontos do mundo a automutilarem-se e a tentarem o suicídio.
O Ministério Público abriu três inquéritos relacionados com o jogo – um na comarca de Faro, outro na de Setúbal e uma terceira investigação na comarca de Portalegre – e que, no âmbito destas investigações, “não deixará de ponderar todas as medidas processuais adequadas previstas na lei do cibercrime, incluindo a de bloqueio de links.”
Isso significa que perfis no Facebook de pessoas suspeitas de serem curadores do jogo – os responsáveis pelas ordens de automutilação e suicídio – a que as três vítimas eventualmente tenham acedido podem vir a ser bloqueados por ordem do Ministério Público, por exemplo. Ou outros sites ligados ao desafio.
Está bem presente na memória de todos a notícia de uma jovem de 18 anos que, na passada quinta-feira de madrugada,
saltou de um viaduto para a linha ferroviária na zona das Ferreiras, em Albufeira.
Este é um dos casos mais graves registados até ao momento em Portugal, razão pela qual, está a ser investigado e a fazer desencadear um conjunto de procedimentos e preocupações também na sociedade civil.
Os especialistas indicam que, os jovens mais vulneráveis emocionalmente estão mais expostos a este e a outros perigos inerentes à utilização da Internet, ainda assim, é preciso agir com todos os meios ao dispor.
O jogo terá nascido na Rússia e será composto por 50 desafios, que começam por tarefas inócuas para evoluírem para a automutilação e, por último, o suicídio. Os jogadores não devem contar a ninguém que participam nele. Há relatos de jovens a quem foi dito que a sua família iria correr perigo se desistissem de jogar.
Pais, famílias e autoridades devem estar atentos aos primeiros sinais. O jogo faz alusão aos cetáceos que encalham nas zonas costeiras e acabam por morrer.
Há mais um caso registado hoje em Matosinhos. Uma jovem de 15 anos foi internada esta manhã com suspeitas de participação no jogo. Esta é uma informação de última hora e que demonstra a necessidade de atuação das autoridades no jogo “Baleia Azul”.
Algarve Primeiro