Em nota enviadas às redações, o Diretor do Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosa de Faro informou que, “cumprida a missão, deixa de produzir as viseiras para os profissionais de saúde”. No mesmo texto, recorda que, a pandemia provocada pelo novo coronavírus COVID-19, “apanhou-nos a todos desprevenidos e rapidamente percebemos que não estávamos preparados para enfrentar a catástrofe, que se abateu transversalmente sobre toda a sociedade”.
Neste sentido e, dada a falta de equipamentos de proteção para os profissionais de saúde, “Imediatamente se começou, no Agrupamento Pinheiro Rosa, a produzir viseiras de proteção, feitas em impressora doméstica 3D, para proteção dos profissionais de saúde”.
Na mesma publicação, Francisco Soares recorda que, rapidamente se organizou o processo de produção, de higienização, de embalamento e de distribuição das viseiras que, entretanto, foram sendo produzidas. “A nós juntaram-se outros makers do Algarve a produzir viseiras em impressoras 3D e a laborar 24 horas por dia”. O volume de produção elevou-se consideravelmente, “graças à generosidade de anónimos que, nos seus domicílios, iam desfiando o filamento que fazia dar forma a uma viseira atrás de outra”, frisou.
Conta que, se produziram mais de 3000 viseiras que foram doadas ao CHUA, aos centros de saúde, às forças de segurança, a lares de terceira idade, a prisões, a serviços municipais e a outros profissionais com grande exposição laboral.
Depois de todo este trabalho conjunto, a escola Pinheiro e Rosa tem “a sensação de missão cuimprida”, uma vez que, neste momento não há carência destes equipamentos na linha da frente deste combate e o mercado reagiu, havendo já à venda viseiras a preços justos”, acrescenta.
Assim, da conjugação destas duas circunstâncias, resulta que “já não se justifica o trabalho dos voluntários, pelo que iremos encerrar a produção de viseiras no nosso agrupamento, no dia 15 de maio”. A juntar a este sentimento de missão cumprida, o Agrupamento Pinheiro e Rosa deixa o agradecimento a todos quantos tornaram possível “esta megaoperação humanitária” que fez questão de referir: Câmara Municipal de Faro, Associação Solidariedade Ossónoba, Globaltonner, Papelaria Sagres, Linhas Direitas, Casa Verde, Fikemp, Japmar, Colégio Internacional de Vilamoura, União de Camionagem de Carga da Cortelha, VerArte, Ideias Frescas, CCVAlg, Turbine Kreuzberg, Publirádio “e dezenas de particulares que, com os seus donativos e o seu trabalho, deram corpo a esta manifestação de Solidariedade”, conclui.
Susana Brito