Na sequência da tragédia que vitimou uma mulher de 60 anos em Faro e que feriu a mulher, a família afirma que, “o crime era previsível”.
O crime ocorreu na noite de terça-feira na Rua Serpa Pinto em Faro e tem a lamentar a morte de uma mulher, a sogra do homicida. A mulher, filha da vítima, acabou por ficar ferida num braço, mas sem gravidade, pelo que se encontra livre de perigo.
A sogra, numa tentativa de impedir o acesso à casa por parte do agressor que se fazia transportar por uma caçadeira, acabou por ser o alvo da fúria do homem de 29 anos e perder a vida.
Para evitar a entrada no apartamento, a mulher colocou-se à porta, protegendo dessa forma, a filha e as duas netas que se encontravam na habitação.
De acordo com a família, “este crime era previsível, pois ele nunca aceitou a separação. Quando soube do dia do divórcio, ainda ficou mais furioso e deu nisto”.
O crime ocorreu em frente às filhas do casal, duas gémeas de nove anos que se esconderam no quarto com a mãe com medo do pai.
Terá sido o telefonema da mulher a dizer que o divórcio estava marcado para o próximo dia 18 de Março que, em entender da família, terá motivado a fúria do homem.
Após o crime, o alegado suspeito colocou-se em fuga durante sete horas, tendo-se dirigido a Idanha-a-Nova, acabando por se entregar às autoridades.
Este é mais um crime de violência doméstica que mancha as estatísticas no nosso país de casos de morte por inaceitação e por falta de respeito pelo outro.
O ciúme, a revolta e o comportamento inadequado face à rejeição da mulher deu azo a esta atitude de revolta, acabando por infringir os direitos de quem optou pela separação.