Sociedade

Faro:Mostra de Carlos Porfírio assinala aniversário do Museu Regional

A mostra estará patente na sala de exposições da CCDR.

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No âmbito da celebração de mais um aniversário do Museu Regional, que completou 55 anos no passado dia 15 de dezembro, será inaugurada, no próximo dia 5 de janeiro, pelas 18h00, uma exposição em honra de Carlos Porfírio e da sua obra, com presença do Presidente e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Faro e do Presidente da CCDR. 
 
A mostra estará patente na sala de exposições da CCDR - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, no edifício onde se localiza também o Museu Regional do Algarve até ao dia 30 de março de 2018.
 
Esta mostra é assim uma oportunidade de ver reunidos alguns dos quadros de Carlos Porfírio de uma série mais alargada, é organizada pelo Município de Faro e CCDR Algarve, com o apoio das autarquias de São Brás de Alportel, Silves, Loulé e Olhão.
 
Sobre Carlos Porfírio
 
Nascido em Faro a 29 de março de 1895 e falecido na mesma cidade, a 25 de novembro de 1970, grande pintor contemporâneo, Carlos Porfírio foi um artista eclético e um homem do mundo: pintor, cineasta, museólogo e etnólogo.
 
Perfeitamente identificado com o referido movimento pós-simbolista, partiu para o estrangeiro após a sua primeira exposição, em 1923. Viajou pelo mundo e fixou-se em Paris, onde trabalhou durante vários anos. Conviveu com a intelectualidade francesa, da qual se destacam o pintor Pablo Picasso e a escritora Simone de Beauvoir.
 
Em 1939 regressou a Portugal e fixou-se em Faro, onde desenvolveu relevante atividade, para além da pintura. Contribuiu para a criação da Alliance Française e do Círculo Cultural do Algarve. Criou, com muitos anos de labor, o Museu Etnográfico de Faro, para o qual expressamente concebeu os mais belos quadros descritivos dos costumes, dos saberes e das crenças do povo algarvio, de toda a produção pictórica nacional.
Foi diretor do Museu que criou e ao qual deu alma através da sua arte de pintor, da sua fina perspicácia de etnólogo e de um sentido profundo de estética, que muito contribuíram para o excepcional resultado museográfico.
 
Anos após a sua morte, por decisão bastante controversa, a maioria das obras do pintor, que constituíam, por certo, as mais valiosas peças do acervo do Museu foram dispersas por vários concelhos do Algarve. Muitas diligências têm sido feitas para conseguir o regresso das obras, sendo de realçar o empenhamento dos historiadores biógrafos de Carlos Porfírio, Teodomiro Neto e Emmanuel Correia, este com um livro sobre o pintor.