Sociedade

Faro:Secretária de Estado da Cidadania e Igualdade prometeu mais inclusão para LGBTIs

Pela promoção da defesa e igualdade de Direitos Humanos, a Associação para o Planeamento da Família realizou esta tarde, a 2.ª Marcha LGBTI+ em Faro.

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O programa começou com uma marcha desde a rotunda da Escola Secundária João de Deus até ao palco da Doca, na baixa da cidade.
 
Depois foi lido um Manifesto, onde constam os direitos que a Comunidade LGBTI+ quer ver consagrados em Portugal. O programa contemplou ainda muita música e animação.
 
Presente nesta iniciativa, a Secretária de Estado da Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, referiu que estas marchas «são muito importantes porque são alegria, amor, mas também o manifesto e protesto e a reivindicação pelo direito ao espaço à liberdade e pelo direito a ser».
 
Segundo a Governante a discriminação e o preconceito que resulta da ignorância, que muitas vezes provoca situações de violência, é uma realidade que tem de ser mudada, «não queremos viver assim, os sinais de intolerância são ainda muito visíveis, pelo que temos de reforçar e conquistar a liberdade a cada dia, evitando retrocessos e resistências».
 
Em nome pessoal e em representação do Governo, Rosa Monteiro, defendeu um país onde as pessoas sejam livres, felizes e iguais, «este é o caminho que vamos continuar a fazer, posso dizer que estamos a implementar o primeiro plano de ação nacional de combate à discriminação em relação à orientação sexual da identidade e expressão de género e características sexuais».
 
A responsável pela Secretaria de Estado da Cidadania e Igualdade, exortou ainda os Municípios a agir de forma a integrarem as comunidades LGBTIs, nos seus planos de igualdade e nas suas políticas locais, à luz dos mais de 80 protocolos já assinados entre o Governo e os Municípios, que se comprometem a defender os direitos das pessoas, sem exceções, «este é um avanço muito significativo, introduzir matérias LGBTI, nas políticas locais», enalteceu Rosa Monteiro.
 
Outra motivação da responsável passa pela cidadania nas escolas, através da pedagogia, trabalhando estas matérias junto dos mais novos, como a educação sexual, educação para a igualdade e a educação para a liberdade. Na área da segurança, existe o Manual de Policiamento dos Crimes de Ódio contra as pessoas LGBTI, em que várias valências das forças de segurança já tiveram formação, «o objetivo é que todos os agentes de segurança estejam capacitados para trabalhar, proteger e para respeitar os vossos direitos».
 
Rosa Monteiro referiu que ainda há muito por fazer e muito por reivindicar, confirmando que o país já tem uma primeira casa de acolhimento para vítimas LGBTI.