Cerca de 300 táxistas, continuam esta segunda-feira concentrados no principal acesso ao Aeroporto se Faro (EN125-10), como forma de protesto, contra a "concorrência desleal".
É já o sexto dia de protesto, com táxistas de todo o país a exigirem ao Governo leis mais concertadas para o setor.
As maiores manifestações têm decorrido no Porto, Lisboa e em Faro.
Ao Algarve Primeiro, um dos profissionais do Táxi que se encontra na estrada do Aeroporto de Faro e que opera no Carvoeiro, concelho de Lagoa, referiu que o Governo «tem de nos ouvir, caso isso não aconteça, ficaremos em protesto até 1 de novembro».
João Cortes adiantou ao nosso jornal que a atividade «tem muitos encargos, nomeadamente com o taxímetro, pagamento especial por conta, despesas com o carro, segurança social e por aí fora».
O mesmo profissional declarou que vive da atividade mais a esposa e que tem duas filhas uma delas na Universidade, «a situação não está boa para nós, é por isso que estamos parados o tempo que for necessário, para que este setor não acabe».
João Cortes diz entender que «a malta nova goste das novas tecnologias e aceda às plataformas eletrónicas, mas o que não entendo é a Lei, que é desrespeitosa, não há limites para essas plataformas, e nós temos limites e obrigações a cumprir, não é justo!».
O que vai acontecer «é que com o tempo os preços das plataformas digitais subam muito mais» e deu um exemplo «de Lagos a Faro na plataforma Uber, sei que foram praticados preços entre os 200 e 300 euros, quando nós levamos 75 pelo mesmo serviço».
Esta tarde, os táxistas que estão concentrados na Avenida da Liberdade em Lisboa, fizeram o trajeto a pé até à Praça do Comércio, onde se encontra o Gabinete do primeiro-ministro.
O Algarve Primeiro sabe que foram recebidos pelo assessor económico de António Costa.
