O Partido Socialista afirma em comunicado que foi sem surpresa que confirmou que a ausência de iniciativa é a regra desta gestão da autarquia, pelo que propôs "sistematicamente" opções que melhorassem a qualidade de vida no concelho fazendo com que o executivo trabalhasse melhor para cumprir o interesse público local.
Deste modo os vereadores socialistas apontam algumas dessas opções que, segundo o mesmo comunicado, passam pela redução das rendas da habitação social municipal e o perdão de divida dos que viram aumentadas (pelo Executivo) as suas prestações em quase 4000% e agora estavam em risco de despejo quando na sua maioria estão também desempregados, sem rendimentos para manter a habitação (decisão já em vigor); o desenho da solução e proposta municipal ao Ministério da Educação para a normalização dos horários das escolas do primeiro ciclo do ensino básico de Faro (aprovada); a reposição dos apoios financeiros às Instituições particulares de solidariedade social derivadas do aumento previsto das receitas da autarquia, pós-cumprimento do serviço da divida anual, como opção prioritária no orçamento (rejeitada pela maioria).
No plano económico e financeiro, antecipar os pagamentos a pequenos fornecedores a quem a autarquia deve até cinco mil euros para que consigam manter a sua atividade, aproveitando o período de cumprimento fiscal decidido pelo Governo (a maioria PSD/PP não cumpriu a deliberação do Executivo); a manutenção da oferta da primeira hora de estacionamento gratuito no Parque de Estacionamento do Mercado Municipal como forma de estímulo à procura e à dinamização daquele equipamento público (proposta aprovada mas por cumprir); a viabilização de todas as deliberações necessárias (Plano/Orçamento e Taxas) à aprovação do PAEL para que se possam desbloquear os mais de 20 milhões de euros para pagamento aos credores municipais (ainda assim a maioria PSD/PP não conseguiu responder de forma atempada e satisfatória ao Tribunal de Contas); a defesa da requalificação do Palácio Belmarço integrada na solução de obras do Palácio da Justiça (rejeitada pela maioria); acção política em defesa da conclusão da Circular Norte a Faro; e conclusão das obras da Escola Secundária João de Deus.
Os Vereadores do PS assumem ainda o atendimento público diário na Câmara Municipal de Faro para apoio e encaminhamento dos problemas das populações.
Os Socialistas referem que constatam que à falta de ideias e iniciativas do executivo, tornou-se evidente que o Presidente da autarquia, "nada decide", sem que antes e para tudo dependa da eventual vontade da ação do Governo ou dos representantes deste na região, como se ele próprio não tivesse sido eleito para representar em primeiro lugar os interesses das populações da capital do Algarve.
Os mesmos Vereadores ressalvam que no entanto, não se tem "coibido de prover atempadamente ao aumento das nomeações políticas do aparelho municipal e empresarial público local", contrastando com a deterioração das condições de funcionamento dos serviços e descontentamento dos trabalhadores autárquicos que até hoje não conseguem ver esclarecidos que horário cumprir para conjugarem com o apoio à família (reprovando a solução apresentada pelo PS).
Os vereadores do Partido Socialista, Faro:Paulo Neves; Fernando Gomes; Cristina Ferreira; Luís Graça.
