Foi inaugurada esta quinta feira a 6ª Feira da Dieta Mediterrânica em Tavira, que decorre até ao próximo domingo dia 9, bem no centro da cidade, junto ao Rio Gilão, mostrando mais uma vez o melhor do Algarve.
Na sessão de abertura, esteve presente o Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, além de outros diretores regionais, nomeadamente da Cultura, Agricultura e Pescas, Segurança Social, IEFP, CCDR e IPDJ.
Jorge Botelho, presidente da autarquia de Tavira, disse que depois da elevação da Dieta Mediterrânica a Património Imaterial da Humanidade da Unesco, tem sido feito «um caminho construtivo e representativo, para mostrar a todos aquilo que é o nosso património cultural, imaterial, o nosso relacionamento com a comunidade, aquilo que é o Algarve, os produtos portugueses na área da agricultura, mas também aquilo que é o nosso código genético».
O autarca confirmou que «há um longo caminho já feito», agradecendo a todos os parceiros e entidades regionais «que desde a primeira hora partilham o programa, assim como à União Europeia com apoios fundamentais, para podermos trabalhar nesta iniciativa e ao Governo, nomeadamente ao Secretário de Estado, Eng. Miguel Freitas que tem a tutela e que está a fazer um trabalho enorme de incentivo e de continuação do projeto para projetá-lo a nível nacional, tendo sido criada uma Comissão da Dieta Mediterrânica que já está a funcionar».
Jorge Botelho chamou ainda a atenção de que na Feira «não há só empresários, empreendedores, agricultores ou artesãos, mas também o que de genuíno se faz em Tavira, no Algarve e um pouco por Portugal».
O edil realçou o contributo que a Feira tem dado para a afirmação dos produtos agrícolas portugueses, especialmente os recursos endógenos, os circuitos de comercialização e a sua passagem para a fileira do turismo.
Já Miguel Freitas, Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, disse que «se há ideia que pode projetar o país a nível internacional, é a Dieta Mediterrânica, e nós estamos a trabalhar, nesse sentido».
O responsável relevou o trabalho da Autarquia de Tavira, como entidade fundadora deste Património Imaterial da Humanidade, mas também os parceiros regionais que trabalharam com o Município, pelo que ao longo dos últimos 3 a 4 anos, foi feito trabalho para elevar o programa da Dieta Mediterrânica a um «patamar institucional», levando à criação de «um grande centro da Dieta Mediterrânica em Portugal».
Miguel Freitas confirmou que o Centro de Competências da Dieta Mediterrânica já está constituído, tem cerca de 20 parceiros a nível nacional com destaque para as Universidades que vão trabalhar em conjunto com a Ualg, para a preservação e salvaguarda da Dieta Mediterrânica».
O Secretário de Estado, defendeu que a Dieta Mediterrânica «é muito importante do ponto de vista dos seus produtos, mas também é determinante para a preservação, das paisagens alimentares e florestais do país, e aí o Algarve, é um bom exemplo para ser estudado, preservando o capital paisagístico que a região ainda tem, aliando-o à riqueza do Mar, de modo a que a Dieta Mediterrânica seja um projeto regional, nacional e internacional».
De sublinhar que o certame conta com 155 stands, entre eles, 117 ligados ao ramo agro-alimentar e artesanato, 29 institucionais.
No que toca à animação, serão 40, os espetáculos apresentados em 7 espaços diferentes e quer o Fado como o Cante Alentejano, dois dos três Patrimónios Imateriais da Humanidade da UNESCO de Portugal, também estão presentes.
Na Praça da Convivialidade estão 6 restaurantes, mas há mais 35 espalhados na cidade que aderiram às ementas da Dieta Mediterrânica.
Discurso do Presidente da Câmara de Tavira (vídeo)