Em declarações à Lusa, fonte do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) confirmou que a zona de Faro foi afetada por um fenómeno de vento que causa “rajadas muito intensas e localizadas” que podem ter “impacto destrutivo”.
De acordo com Ângela Lourenço, do IPMA, houve uma linha que atravessou toda a região Sul e que tinha “alguma convecção organizada”, dando origem a um fenómeno de vento intenso. No entanto, essa linha às 12:30 já estava a entrar em Espanha.
Questionada pela Lusa se seria um tornado, a meteorologista disse, no entanto, que o IPMA está ainda analisar os dados para poder classificar o tipo de fenómeno que ocorreu e em que categoria se insere.
Segundo Ângela Lourenço, estava previsto que se reunissem condições para a ocorrência fenómenos de vento na região do Algarve, tendo o aviso laranja que vigorava para o distrito de Faro terminado às 12:00 de hoje.
De acordo com o Comando Regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve, o vento intenso começou cerca das 11:30, causando várias ocorrências, sobretudo na zona e na cidade de Faro, que já tinha sido a mais afetada na quinta-feira pelo mau tempo.
“A situação verificou-se principalmente na cidade de Faro. Fora isso, só temos registo da queda de uma outra árvore em toda a região”, afirmou a mesma fonte, esclarecendo que se tratou mais de um fenómeno de vento do que de chuva.
A zona de Faro também foi das mais atingidas pela depressão Cláudia na quinta-feira, com a zona urbana da baixa da cidade a sofrer inundações e o vento a causar a queda de árvores um pouco por toda a região do Algarve.
Segundo a Proteção Civil, as equipas de socorro estão agora a remover ramos caídos das árvores e partes das estruturas afetadas, mas alertou para a necessidade de a população evitar situações de risco, porque a depressão pode causar novos episódios de chuva forte e de vento nas próximas horas.
O Algarve e o Alentejo estão sob aviso meteorológico laranja devido à depressão Cláudia, cuja passagem pelo continente e pela Península Ibérica causará chuva e vento até domingo, segundo a Proteção Civil.