O Festival de Lucía transformou a vila de Castro Marim num palco de homenagem ao eterno génio da guitarra e mestre absoluto do flamenco contemporâneo, Paco de Lucía.
Com edição zero em 2016, alargou-se este ano a novos espaços da vila e decorreu durante nos dias 18 e 19 de agosto.
Tomatito, um dos incontornáveis nomes do flamenco, lotou a primeira noite num concerto memorável no Revelim de St. António, ao qual assistiram cerca de 600 pessoas.
Antes do concerto, Tomatito e Michel Camilo fizeram uma serenata de homenagem à mãe de Paco de Lucía, Luzia Gomes, junto à sua casa, em Monte Francisco. Rodeado por familiares de Paco de Lucía, tocaram a célebre música “Two Much”, num momento único para os que assistiam a esta memória.
Mais de 3 mil pessoas passaram, no sábado, pelo Festival de Lucía. A fadista Mariza, madrinha e embaixadora do Festival de Lucía encerrou o evento.
No público, destacaram-se as presenças do cineasta e roteirista espanhol Carlos Saura, do compositor, produtor e guitarrista Javier Limón, produtor do álbum “Mundo” de Mariza e de vários discos de Paco de Lucía, além de vencedor de vários Grammys, do presidente do Montepio, Félix Morgado, entre outras presenças do panorama artístico nacional e espanhol.
Interpretado pela pintura e fotografia de Carlos Saura, o Festival de Lucía compreendeu também a exposição “Memória de Paco de Lucía”, na Casa do Sal, dedicada à vida e obra do genial guitarrista, e as enriquecedoras colaborações do jornalista e crítico musical Nuno Galopim, com a masterclass “Eurovisão: O artista e a Promoção da sua Geografia”, e do guitarrista e professor de Educação Musical e de Espetáculo e Multimédia Henrique Vieira, com a masterclass “Guitarras do Mundo”.
Enlaçada ainda com o Festival de Lucía esteve a atuação da “Academia Gracia Diaz”, em Altura. A projeção de artistas locais, das mais variadas expressões artísticas, é também uma das forças motrizes deste Festival.