Palco de homenagem ao génio da guitarra e mestre absoluto do flamenco contemporâneo, Paco de Lucía, a vila de Castro Marim acolheu, de 17 a 19 de agosto, nova edição do Festival de Lucía.
Com três concertos, o Festival de Lucía consolidou-se este ano como grande evento da agenda ibérica, lotando o Revelim de St. António nas três noites de espetáculo.
Conforme destaca nota da Câmara de Castro Marim, na primeira noite, o palco foi de Antonio Rey, guitarrista e compositor de flamenco. Na segunda, de Javier Limón y Original Quartet (OQ) e, na última noite, o Festival deu espaço a dois espetáculos, o primeiro de Fandóziando e depois o concerto de Mário Pacheco e da fadista Ana Maria.
Assente na ligação "umbilical" de Paco de Lucía a Monte Francisco, terra que viu a sua mãe nascer, o Festival de Lucía, que começou em 2016, tem outro grande nome da música mundial na sua génese, a fadista Mariza, madrinha e embaixadora da iniciativa e que integrou o cartaz da edição anterior, num concerto com mais de 3.000 pessoas, em Castro Marim.
De salientar ainda o arranque, já tradicional, deste Festival, com uma serenata em Monte Francisco, na tarde do dia 17 de agosto, naquele que se pretende que seja um local de romaria em memória de Paco de Lucía – o Largo Manuel Gomes – Tributo a Paco de Lucía. Com Antonio Rey e a voz de Pepe de Lucía, irmão de Paco de Lucía, a serenata tornou-se num momento intimista e acolhedor, de orgulho e de saudade.
Recorde-se que a obra deste Largo memorial foi enquadrada no Plano de Ação de Desenvolvimento de Recursos Endógenos (PADRE), aprovado no âmbito do PO CRESC ALGARVE 2020, sendo apoiado por Portugal e União Europeia e cofinanciado a 70% pelo FEDER. Neste seguimento, o autarca de Castro Marim, Francisco Amaral, sublinhou a importância do Festival de Lucía, quer em termos culturais, quer na melhoria de qualidade de vida que se tem proporcionado à população através dela, uma vez que este financiamento permitiu também a requalificação dos arruamentos de Monte Francisco.
O Festival de Lucía é apoiado pelo PO CRESC ALGARVE 2020, com uma taxa média de cofinanciado a 60% pelo FEDER, durante dois anos.
O Festival de Lúcia é assim um festival de música, que se pretende que, anualmente, seja uma inspiração planetária para todos os que possam e desejem partilhar a eternidade do génio. Depois do primeiro evento, realizado em 2016, que se vestiu de um caráter mais intimista e foi aplaudido por cerca de 700 pessoas, este Festival sedimentou-se na edição de 2017, onde foram recebidas mais de 4.000 pessoas. Este ano a iniciativa ganhou mais um dia, novas linguagens e enlaces, procurando também representar a universalidade que Paco de Lucía deu ao flamenco.