A uma semana de começar a sexta edição do Festival F, a organização revelou esta quarta-feira a bordo da embarcação Jamanta, a programação complementar para os três dias, bem como a distribuição dos concertos por palcos e respetivos horários.
À data, as vendas já atingiram metade da lotação e, apesar de a compra de passes gerais ser a opção mais procurada pelo público, 6 de setembro, que será palco da última oportunidade para assistir à reunião dos Ornatos Violeta, a propósito do 20.º aniversário da edição do álbum seminal “O Monstro Precisa de Amigos”, é o dia que tem suscitado maior procura.
Para além da programação musical com nomes como Amor Electro, Ana Bacalhau, António Zambujo, Baile Funk, Capitão Fausto, Carolina Deslandes, David Carreira, Linda Martini, Mayra Andrade, Profjam, Revenge Of The 90’s ou 9 Miller, numa proposta que navega entre o pop, o rock e o hip-hop e que junta artistas consagrados às grandes promessas da música portuguesa actual, a programação paralela do festival F abre as portas a tertúlias, humor, teatro, novo circo, artes plásticas e workshops para os mais novos.
Afirmando-se já como uma tradição do festival, todos os dias ao final da tarde, pelas 19h30, o público de vários géneros e idades reúne-se para assistir à discussão de temas pertinentes da atualidade no espaço de tertúlias. Este ano, no dia 5 de Setembro, Raquel Henriques, modelo e fitness coach; Rita Andrade, nutricionista; e João Gobern, jornalista, reúnem-se em torno da temática “Saúde e Sacrifício”. No dia seguinte, “Alma de Viajante” é a temática da tertúlia que contará com a animadora da Rádio Comercial Ana Isabel Arroja como moderadora e com os convidados Diogo Faro, humorista e autor do blogue “Sensivelmente Idiota”; Filipe Mourato Gomes, autor do blogue “Alma de Viajante”; e Joana Amaral Dias, psicóloga, activista e escritora. No último dia do festival, “A Ironia é uma Arma” traz para a conversa Hugo Van der Ding, ilustrador, autor e apresentador; a actriz Maria Rueff; e Pedro Vieira, escritor e apresentador.
No humor, Pedro Luzindro, faz as honras da casa durante os 3 dias. A 5 de Setembro, recebe Francisco Menezes, João Seabra, Jorge Picoto, Joana Santos e Luís Brito Rocha. No dia 6 é a vez de Hugo Sousa, Jel, Pedro Neves, Rúben Branco, Manuel Rosa e Dora Bela actuarem. E a 7 de Setembro Gilmário Vemba, Miguel 7 Estacas, Miguel Lambertini e Luana do Bem são seus convidados.
Para os mais novos e toda a família há um programa diversificado. Podem participar diariamente na oficina de novo circo “CirKo MaGia e Fantasia”; assistir ao concerto poético “O Pássaro Escritor”; participar na exposição viva “Roubei um livro na cabine de leitura e hoje vou ler”; ou assistir à performance “MuTis” pela Companhia Xibalba. No dia 5 têm ainda oportunidade de participar numa oficina de assobio e desenho ou na viagem sonora “Cosmic Gong Bath - Sound Journey”, ao som de gongos, taças tibetanas entre outros instrumentos. No dia 6 a proposta passa ainda pela peça de teatro “Aceitas?”; pela oficina de construção e manipulação de marionetas “Os Extraterrestres”; pelo concerto meditativo “Dream concert” com voz, violoncelo e instrumentos intuitivos e meditativos ; e pelo espectáculo de circo contemporâneo “ATEMPO”. No último dia do festival, 7 de Setembro, os mais novos podem frequentar a “Oficina de Hip Hop”; está também programado o concerto “Mantra Jazz Fusion” que revisita mantras indianos; a perfomance “Objetoteca popular itinerante” e a peça de teatro “Os Grandes não têm grandes ideias”.
Durante o festival estão também patentes as exposições: “Os desvios da Natureza”, obras das colecções de pintura naturalista e de arqueologia da colecção Millennium BCP e “Ares de Mesa” de Jorge Cerqueira, no Museu Municipal de Faro; “Eu metia as mãos na água”, uma exposição de João Jacinto, na Galeria Trem; “Life-time” de Eduardo Pinto e “The Wrong House Project”, ambas na Galeria Arco.
Recorde-se que, à sexta edição, o Festival F estreita ainda mais a sua ligação à Ria com a novidade do Palco Formosa que assume literalmente a Ria como cenário, com um concerto diário ao final da tarde a bordo de um barco o Jamanta, numa parceria com a empresa Animaris.
Os concertos, decorrem assim entre as 18h00 e as 20h00, em que os interessados terão de comprar um bilhete para esta aventura com um custo de 10 euros. No dia 5 atua Benjamin, dia 6, Valter Lobo e no dia 7, MoMo. Outra novidade prende-se com a resposta a um pedido frequente por parte do público das edições anteriores, com a criação, pela primeira vez, de uma área restrita de glamping no Centro Náutico da Praia de Faro. Quem pretender usufruir desta oferta diferenciada, terá acesso ao festival durante os três dias, ficando igualmente assegurada uma ligação de ida e uma de regresso entre o Centro Náutico e o Festival, através de barco.
Ainda em relação ao cartaz, e para além da programação já anunciada, o Jazz ganha espaço no Palco Músicos com os projectos Nebuchadnezzar Group no dia 5, Tuniko Goulart Trio no dia 6 e André Carvalho Group no dia 7. Já o Palco Castelo, que este ano recebe a programação de stand-up, terminará sempre em festa: no dia actuam 5 DJ Kevin e DJ François; dia 6 Deelight e 7 Christian F.
Na conferência de imprensa realizada esta quarta-feira com o Presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, o vice-presidente da autarquia, Paulo Santos, e o diretor do Teatro Municipal de Faro, Gil Silva, foram reveladas estas novidades, para a 6º edição do F.
Ao Algarve Primeiro Rogério Bacalhau, disse que este ano foi feita alguma promoção no sul de Espanha, aproveitando a realização do festival, «e com isso chamar mais espanhóis à cidade para que fiquem a conhecer a nossa gastronomia, a Vila Adentro, já que estamos a falar de um mercado que fica aqui muito perto, podem cá vir e passarem a palavra de forma a dinamizar o turismo».
O autarca apelidou o F, de um festival familiar, «há duas apostas que foram ganhas, uma deles é de ser um evento que aposta na música portuguesa, a outra, é que abrangesse todas as faixas etárias e consequentemente trouxesse toda a gente, e acho que isso foi conseguido, nós temos desde as crianças acompanhadas pelo pais, até aos adultos já de alguma idade».
Mais uma vez Rogério Bacalhau, não esqueceu Joaquim Guerreiro, falecido em 2017, mentor do Festival F, entre outros eventos marcantes quer na autarquia de Faro quer na de Loulé, «deixou-nos uma grande saudade, e também uma gratidão da nossa parte por tudo aquilo que fez, em todas as manifestações culturais em que participou ao longo dos anos que esteve connosco».
O edil destacou ainda a preocupação ambiental que está ligada ao Festival, «em 2018 foram utilizados pela primeira vez os copos recicláveis, além de haver menos consumo por causa disso, tem um impacto muito grande no nosso ambiente, por exemplo em 2017, foram recolhidos 4800 quilos de plástico, em média tínhamos entre 30 a 40 copos por m2 no recinto, em 2018 recolhemos 930 quilos de plástico, um redução significativa com menos de um copo por m2, portanto é uma aposta que também foi ganha, tentando reduzir ao máximo a utilização do plástico, e deixo a informação de que quem tiver o copo do ano passado pode trazê-lo para a edição deste ano».
O autarca enalteceu ainda o esforço de muitos funcionários da Câmara e das empresas municipais envolvidas, «que durante meses, preparam este evento em muitos casos trabalhando fora do horário normal, para pôr de pé este grande evento da cidade, posso dizer que é uma equipa fantástica e que merece todo o nosso reconhecimento pelo trabalho desenvolvido e que sem eles seria muito difícil a realização do F».
O Festival F é uma iniciativa do Município de Faro, do Teatro Municipal de Faro, S.M., da Ambifaro e da produtora Sons em Trânsito.
