Segundo nota emitida pela organização, o Festival contará com a presença de académicos, que irão falar sobre a obra da escritora. Leituras, música, exposições documentais e artísticas, oficinas, feira do livro, uma instalação sonora e um passeio pedestre contextualizam alguns dos encontros previstos no FLIQ.
Um concerto com a Orquestra do Algarve marca a primeira noite da homenagem, na sexta-feira, pelas 21h00, mas a festa da Cultura começa antes, ao final da tarde com uma palestra de Viriato Soromenho-Marques, professor catedrático da Universidade de Lisboa, intitulada “A Literatura entre Memória e Utopia”, agendada para as 19h45.
Raiz, infância e utopia também perpassam os três dias do FLIQ, através dos saberes de personalidades como Antonio Sáez Delgado, Carlos Reis, Catherine Dumas, Conceição Brandão, Guilherme d’Oliveira Martins, José Carlos Barros, Maurício Vieira, Paulo Guerra, Pierre Léglise-Costa, Pilar del Río, Rui Diniz Monteiro e outros ligados ao livro e à(s) sua(s) leitura(s).
Os oradores estão distribuídos por palestras ao longo dos três dias e por duas conferências, no sábado. A da manhã, “A escrita da Terra”, pelas 10h30, é moderada por Manuel Célio Conceição, professor associado na Universidade do Algarve. A da tarde, “Caminhos para o Mundo”, pelas 15h50, tem moderação de Maria João Costa, jornalista.
“Pelo fio dos versos, assim a casa seja” dá título às leituras musicadas por Amélia Muge e Filipe Raposo, agendadas para sábado, às 21h00, dia em que terá à tarde, a presença de um grupo juvenil do Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado. Na abertura, na sexta-feira, pode-se ouvir o saxofonista Petru Moroi.
As múltiplas dimensões de Lídia Jorge apresentam-se ainda através da exposição documental “Lídia Jorge: O poder transfigurador da Literatura”, comissariada por Salvador Santos, editor e escritor.
Numa incursão pelas artes plásticas, o coletivo ibérico “Women’s Art”, expõe duas mostras. “Raiz Mulher” é uma obra composta por dez mosaicos pintados a partir de um retrato de Lídia Jorge, da autoria de Alfredo Cunha. Uma segunda exposição, “Eco(s) Pintura”, exibe dez obras das coleções particulares das dez artistas convidadas.
A banda desenhada “O dia em que os desenhos falaram”, realizada por estudantes do 6.º ano de escolaridade sob orientação da professora de Educação Visual, Elisabete Guerreiro, ao longo do último ano letivo, na escola Infante D. Fernando, Vila Nova de Cacela, será apreciada no Festival.
Está também prevista uma instalação sonora: “Lídia Jorge: 50 Postos de Escuta”, com autoria e curadoria de Marinela Malveiro, jornalista e colaboradora da FMVG. Concebida para este FLIQ, a partir de uma entrevista realizada junto da homenageada, no ano de 2016, as reflexões de Lídia Jorge versam em torno de temas como da infância à idade maior, do futebol à “armadilha internacional”, do ofício ao ócio. Poderão ser ouvidas num percurso auditivo disperso por Querença, com ponto de partida e chegada em dois bancos de jardim. O primeiro no percurso Eco-Botânico Manuel Gomes Guerreiro e o último, junto ao Lar de Querença, ligando 50 ideias da escritora a 50 lugares da aldeia.
Sob a égide de “O mar dos grandes navios da Terra”, terá lugar um passeio pedestre no entorno da aldeia, com orientação do Museu Municipal de Loulé.
O FLIQ tem o Alto Patrocínio da Presidência da República e o apoio da Unidade de Cultura da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve. É apoiado pela Câmara Municipal de Loulé, pela União de Freguesias de Querença, Tôr e Benafim, Fundação Calouste Gulbenkian e Teatro Nacional D. Maria II.
São parceiros do evento: a Universidade do Algarve, a Fundação José Saramago, o Agrupamento de Escolas Vertical de Vila Real de Sto António e Livros da Ria Formosa.
O FLIQ tem a Antena 1 como media patner. A partir da edição de 2025, o FLIQ assume periodicidade bianual.