Nos dias 30 de junho, 1, 2 e 3 de julho, o Festival MED regressa em pleno, para a 18ª edição, depois de um ano de paragem (2020) e de uma edição especial adaptada à pandemia, o interMEDio (2021). A zona histórica de Loulé, será novamente o grande "palco" do MED, considerado um dos mais importantes eventos da Europa na "world music".
Carlos Carmo, vereador da Câmara de Loulé e coordenador do festival, apresentou neste domingo no Cineteatro Louletano, mais algumas novidades. O responsável lembrou que o MED, além da sua função principal que é a musica, tem um papel importante na dinâmica económica do concelho e uma função turística muito forte. 40% dos visitantes do festival são turistas estrangeiros e desses, 39% decidem vir até ao Algarve na altura do festival, resultados obtidos em dois estudos efetuados em dois momentos distintos da vida do evento, «que permitem direcionar muito daquilo que é a nossa promoção», frisou.
Para o vereador, «o cartaz deste ano é muito forte e heterogéneo», cumpre o objetivo de ir a vários pontos do globo, mantendo a sua essência original.
Quanto aos bilhetes, haverá o bilhete família, «porque o MED, tem um grande target, as famílias, que podem ir ao festival juntas e voltar a casa em momentos diferentes, aliás, a programação tem muito essa função, até a uma certa hora temos a família junta, a partir de outro momento podemos ter os mais jovens, e quando digo a família é desde o avô ao neto».
Nesta edição, a organização fará parcerias com algumas coletividades locais, que irão dinamizar as artes de rua, mas não só. Em parceria com a Aporfest - Associação Portuguesa de Festivais de Música, será realizada a conferência "Sustentabilidade Ambiental nos Festivais de Música", dia 3 de julho às 18h30, na Casa do Meio Dia.
O Med Classic, com curadoria de Sérgio Leite, acontece este ano na Igreja de São Francisco, com sessões às 19h30, em virtude da Igreja Matriz estar em obras de requalificação, que deverão ser inauguradas em setembro. No dia 3 de julho, às 21h00, o Palco Matriz apresenta ensembles de flautas de Loulé, mais a Orquestra de Sopros e Percussão do Conservatório de Loulé.
Uma novidade, prende-se com o Palco MED Jazz, que ficará instalado no Claustro do Convento Espírito Santo, espaço onde tem passado o MED Fado, contudo, a organização mudou o conceito e dá lugar ao jazz, como forma de diversificar diferentes ofertas do Património Imaterial da Humanidade. Estão previstos concertos de jazz em colaboração com a associação louletana, Mákina de Cena.
O Palco Hamman é outra novidade, no logradouro dos recém-inaugurados Banhos Islâmicos de Loulé na Casa dos Barreto, com música calma e a possibilidade de visitas a esta nova oferta patrimonial e cultural, em grupos organizados.
Já o concerto de abertura do MED, arranca de forma diferente no Cineteatro Louletano, dia 29 de junho às 21h00 com Lina_Raül Refree. Ainda no cineteatro, está previsto teatro, com a peça "Chovem Amores na Rua do Matador" de Mia Couto e José Eduardo Agualusa, no dia 2 de julho, às 17h00.
Das 17 edições realizadas, passaram pelo MED, 576 bandas de 52 países. Em 2022, serão 90 horas de música, divididas por 66 concertos em 12 espaços de atuação com 330 músicos de 21 nacionalidades.
Bilhetes em pré-venda.
Durante este período, haverá uma redução do valor do bilhete diário para 10,00€; bilhete festival (passe para os 3 dias de festival) - 30,00€ €; bilhete diário família (2 adultos e 2 crianças até 16 anos) – 35,00€.
No período de venda normal, a partir de 24 de junho, os preços serão os seguintes: bilhete diário – 15,00€; bilhete festival (passe para os 3 dias de festival) – 40.00€; bilhete diário família (2 adultos e 2 crianças até 16 anos) – 40,00€.
Os ingressos podem ser adquiridos através da plataforma BOL (www.bol.pt) ou na bilheteira do Cineteatro Louletano, de terça a sexta-feira, das 13h00 às 18h00. Nos dias do evento, em frente ao Mercado Municipal, também será possível adquirir os ingressos na bilheteira MED que irá funcionar na parte da tarde e ao longo da noite.
Depois do anúncio das novidades, o palco do cineteatro louletano recebeu o concerto da brasileira Bia Ferreira, que há quase uma década, é considerada uma das mais destacadas vozes brasileiras no que diz respeito à comunidade LGBTQl+, ao racismo e à xenofobia.
Editou até ao momento apenas o álbum “Igreja Lesbiteriana: Um Chamado em 2019”. Ainda este ano, será editado um novo EP. Seguindo o modelo dos últimos anos em que o artista que atua na apresentação do MED integra o cartaz do ano seguinte, Bia Ferreira é o primeiro nome confirmado para a edição de 2023.