Para o Bloco de Esquerda o IMI é uma fonte de injustiças e de pressão sobre as famílias com menores rendimentos.
Em 2015, os imóveis de fundos imobiliários tinham uma isenção de 50% no valor do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), pagando, por isso, menos que uma casa para habitação própria.
O último Orçamento do Estado acabou com essa isenção e o Bloco requereu ao Ministério das Finanças, em junho deste ano, a listagem por município do valor concedido através daquela medida.
A resposta, por parte do ministério das finanças, foi agora conhecida, tendo sido possível apurar, a nível nacional, que deixaram de entrar nos cofres das autarquias, só durante o ano passado, mais de 7 milhões de euros, dos quais, um total de cerca de 230 mil correspondem a valor respeitante a municípios algarvios, entre os quais se destacam Loulé, com 67 267,41, Faro com 51 189,08 e Albufeira, com 34 288,22.
João Vasconcelos, deputado eleito pelo Algarve e um dos autores do requerimento, atenta a que "o Orçamento de Estado para 2016, de forma muito positiva para uma justiça na economia, acabou com a isenção de pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) por parte dos fundos imobiliários. Tratava-se dum benefício prejudicial para a economia que potenciava a especulação imobiliária. Já este ano, e por iniciativa do Bloco de Esquerda com a inclusão desta medida no OE 2016, é expectável que as autarquias algarvias venham a receber valores idênticos aqueles que corresponderam a isenção no ano passado".