Na iniciativa que contou com dirigentes associativos na passada quinta-feira no IPDJ em Faro, foi discutida a realidade da economia e das empresas, incluindo aspetos de gestão e impacto no emprego e ligações ao setor produtivo da economia social.
Associou-se ao Fórum, o Presidente da CCDRAlgarve, Francisco Serra, dando conta das iniciativas e fundos comunitários para o desenvolvimento da região, tendo participado dirigentes de todos os setores do Algarve.
Comunicado da Associação, ressalva que foi aprovada uma Moção reclamando "total urgência" no levantamento do valor dos prejuízos diretos e indiretos, que afetaram o concelho de Monchique, após o grande incêndio de 2018.
A Algfuturo diz tratar-se de prezuízos "de muitos milhões, contrariamente à ideia que tem passado que não seriam muito significativos, prejudicando o nível de apoios oficias e urgência nos mesmos".
No Fórum, defendeu-se a retoma da disponibilidade por parte do Primeiro Ministro "em acudir à proporção dos prejuízos, o que até hoje teve pouca expressão", tendo-se lamentado ainda "as guerras públicas entre entidades nacionais elocais, numa ofensa a uma população muito prejudicada e traumatizada, esperando que os problemas sejam resolvidos à proporção das promessas".
Foi ainda considerado de "absoluta urgência" o Governo avançar com um programa de combate à sazonalidade da economia turística e pela excelência das infraestruturas do meio envolvente, incluindo a liberdade de circulação imediata na Via do Infante para os 8,5 milhões de andaluzes e forte promoção em vários mercados turísticos direcionada para segmentos alvo.
Outras conclusões definiram que é urgente o novo Hospital Central a ampliação de barragens, aposta na mobilidade, ou um plano geral de requalificação da região.
O Brexit foi considerado um perigo real, com o Presidente da Algfuturo, José Vitorino a defender um programa "prioritário e estratégico", evidenciando a dependência em quase 70% da economia dos fluxos turísticos e dormidas.
O responsável defendeu que seja garantida uma procura mais intensa pelos turistas durante os 7 meses de época baixa, "sob pena de se registarem efeitos catastróficos" no alojamento e em particular no comércio, restauração e serviços, na rentabilidade das empresas e emprego.
Nas análises setoriais, foi ainda confirmado o bom trabalho empresarial na agricultura, resolvido o risco da falta de água e as questões da mão de obra.
Nas pescas, concluiu-se que "augura-se um futuro importante", desde que haja uma carta do mar e pesca sustentável, bem como a continuação do acesso da frota artesanal aos pesqueiros tradicionais, sem "usurpação" pela aquacultura off-shore.
Para o interior e serra, foi reclamado um planeamento e medidas sustentadas "ao contrário do que tem acontecido até agora".