Com o objetivo de tornar o Centro Histórico de Loulé numa marca referenciadora do Concelho, numa clara aposta na criação de sinergias entre todas as partes envolvidas – Município, residentes, turistas e agentes económicos – com vista à regeneração do mesmo, está em curso a criação da Área de Reabilitação Urbana do Centro Histórico de Loulé, apresentada em sessão pública esta terça-feira.
Face à degradação de alguns dos edifícios particulares, infraestruturas, equipamentos de utilização coletiva e dos espaços urbanos e verdes de utilização coletiva existentes no local, a autarquia pretende levar a cabo uma intervenção integrada, através de uma operação de reabilitação urbana na Zona Histórica da cidade.
“Nesta Área de Reabilitação Urbana que está a ser criada há uma série de regras mas também há uma série de vantagens e, agora, é altura de as aproveitar porque têm reduções de taxas muito substantivas. Esta é uma situação muito convidativa para as pessoas que têm casas envelhecidas, degradadas, sem condições de habitabilidade, e que podem ser recuperadas para serem colocadas no mercado de arrendamento. Tudo isso é uma oportunidade única e que vale a pena aproveitar. Esta ARU vai ser um êxito. A nossa intenção é valorizar aquilo que temos de verdadeiramente valioso que é o património edificado”, referiu o autarca Vítor Aleixo, que adiantou que a edilidade irá definir igualmente uma área de reabilitação urbana para uma outra zona de Loulé.
Refira-se que uma área de reabilitação urbana é uma área territorialmente delimitada que justifica uma intervenção integrada, através de uma operação de reabilitação urbana porque reúne uma série de causas que justificam esta intervenção. Podem abraçar esta definição áreas e centros históricos, património cultural, imóveis classificados ou em vias de classificação e respetivas zonas de proteção, áreas urbanas degradadas ou zonas urbanas consolidadas.
No caso de Loulé, a área delimitada é um espaço definido como espaço cultural e que engloba toda a área histórica da cidade, compreendendo todo o perímetro intramuros, a mouraria e o espaço público envolvente constituído pela Praça da República, Largo Gago Coutinho, Avenida Marçal Pacheco, Praça D. Afonso III, Rua da Barbacã e Largo Dr. Bernardo Lopes.
Possui uma área de 7,6 hectares, 27 quarteirões e uma população residente de 440 habitantes, constituída por 229 famílias, de acordo com o Censos de 2011.