Sociedade

Francisco Amaral não concorda com a criação do Centro Hospitalar do Algarve

Para o edil castromarinense “a maior empresa que há no Algarve é mesmo o hospital de Faro”, com “milhares de funcionários, e como se não bastasse gerir um hospital como o de Faro ser complexo, juntou-se a gestão de Faro com a dos hospitais de Portimão e de Lagos”.

PUB
 
Francisco Amaral, esclareceu ao Algarve Primeiro, que a criação do Centro Hospitalar é uma “ideia europeísta” mas que na verdade pouco ou nada melhora a eficácia dos serviços, em relação ao que existia antes.
 
Relativamente à gestão de Pedro Nunes, na Administração do CHA, Francisco Amaral, afirma que confia no trabalho do ex-bastonário, contudo critica, a atitude “desajustada” do responsável, ao apelidar os médicos do serviço de Cardiologia do Hospital de Faro, de “tontos”. O autarca, afirma-se “surpreendido” com esta atitude de Pedro Nunes, pela forma como se dirigiu aos colegas.
 
Francisco Amaral, ressalvou, no entanto, que Pedro Nunes, é uma mais-valia, pelo “seu conhecimento na área, por ter sido Bastonário e pela carreira que já tem”.
 
No mesmo apontamento, o autarca de Castro Marim destaca que é preciso “serenar os ânimos quer dos médicos que estão revoltados com os cortes nos salários, principalmente nas horas extraordinárias, quer na opinião pública que está incendiada pelas medidas da troika, caindo a responsabilidade no dirigente do Centro Hospitalar.”
 
Francisco Amaral, lembra que o cenário “terceiro mundista” de macas nos corredores da Urgência acabou, trabalho levado a cabo pela actual direcção do Hospital, destacando igualmente a inexistência de macas nas enfermarias dos serviços e nos respectivos corredores”.
 
O autarca referiu ao Algarve Primeiro que Pedro Nunes foi o único dirigente hospitalar que “até hoje se reuniu com os autarcas dos concelhos de abrangência do Hospital de Faro, após a sua tomada de posse”.
 
Para colmatar a falta de especialistas na região, Francisco Amaral, aponta para uma solução que seria mais eficaz com “a contratualização com os privados de consultas e cirurgias de especialidades, que seriam pagas pelo estado, de acordo com as necessidades, bem como contratar médicos reformados, podendo acumular a reforma com o vencimento.”
 
Francisco Amaral salientou que, comunicou recentemente estas alternativas ao Ministro da Saúde, aquando de uma visita de trabalho em que vários autarcas da região se reuniram com Paulo Macedo, para abordarem os problemas da saúde no Algarve.
 
“Mesmo que venha outro conselho de administração, a questão essencial vai continuar, porque o problema do Algarve é a falta de médicos e não há milagres, apelando a que as partes se “sentem à mesa” para resolver os problemas da Saúde na região e “deixem as guerras de lado”.
 
Finalmente refere que foi sondado, para assumir o cargo de Director do Hospital de Faro, tendo declinado essa possibilidade, em virtude de ter um “compromisso com a população de Alcoutim, quando era autarca neste concelho".