Economia

Francisco Amaral sente-se "enganado" com adiamento das obras na EN 125

Francisco Amaral já tinha avançado ao Algarve Primeiro a sua indignação face ao elevado estado de degradação da EN 125 entre Olhão e Vila Real de Santo António, sendo muito afetado o concelho de Castro Marim do qual é responsável autárquico.

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No início de Março, o autarca referiu ao nosso jornal que ponderava chamar Marcelo Rebelo de Sousa, para chamar a atenção para as obras que, em seu entender «é uma profunda falta de respeito para com o Algarve, os algarvios, os portugueses e todos aqueles que nos visitam».
 
Francisco Amaral duvida dos sucessivos adiamentos «e do jogo do empurra para o Tribunal de Contas» e agora, «vem confirmar-se esta suspeita, uma vez que, eu o vice-presidente da autarquia de VRSA e mais dois elementos do Movimento de Cidadãos em Defesa da EN 125 Sotavento, reunimos esta semana com o Diretor Geral do Tribunal de Contas, e soubemos que, afinal, o processo não estava parado neste organismo, conforme foi adiantado pelo Governo».
 
Mediante a resposta do Tribunal de Contas, Francisco Amaral pondera diversas formas de luta, nomeadamente a organização de uma marcha lenta de protesto entre Cacela e Vila Real de Santo António que irá mobilizar não só as autarquias de VRSA e Castro Marim, como o Movimento de Cidadãos «que tem dado voz a este protesto e todos aqueles que se queiram juntar a esta manifestação de vergonha para com este estado de coisas. Não posso aceitar que esta estrada crucial para a nossa região, esteja neste estado lastimável e ainda menos que o Governo a tenha esquecido», criticou.
 
Nas declarações ao nosso jornal, o edil de Castro Marim reafirma que «agora depois de descoberta esta mentira, sinto-me enganado, mas com força para lutar. Não vamos deixar que estas obras caiam no esquecimento porque é uma vergonha para todos os portugueses circular nestas condições e apresentar este triste cartão de visita aos nossos turistas», sublinhou.
 
Recorde-se que, a Infraestruturas de Portugal procedeu à requalificação da EN125 no Barlavento algarvio e que o Sotavento tem vindo a conhecer sucessivos adiamentos. Os autarcas de Vila Real de Santo António e de Castro Marim têm feito chegar os seus apelos aos organismos responsáveis e, até ao momento, as obras «não passaram de intenções, sendo que o verão está à porta e temos uma estrada altamente degradada e em péssimas condições de circulação, pelo que não vamos cruzar os braços e vamos para a luta até que as obras se concretizem, pois não acreditamos nas desculpas que nos têm sido dadas», desabafou Francisco Amaral. 
 
O autarca disse que o Ministro chegou a avançar que as obras seriam uma realidade em 2017, «coisa que ainda não se sabe bem para quando, e por isso, basta desta vergonha e falta de respeito para com os algarvios do sotavento, para com os autarcas e para com todos os que utilizam esta estrada», concluiu.
 
Texto:Emídio Santos