Sociedade

Fundação Champalimaud vai cooperar com o Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve

Foram celebrados esta quinta-feira, no Palácio Gama Lobo, em Loulé, dois protocolos entre a Fundação Champalimaud e o Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve (ABC).

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Segundo explica a Câmara de Loulé em comunicado, o primeiro protocolo consiste na definição das bases para uma colaboração entre as duas entidades, num quadro de cooperação mútua para o desenvolvimento e valorização nas áreas da investigação científica, da formação e dos cuidados de saúde.
 
O segundo protocolo tem como objetivo implementar os termos da cooperação em matéria de investigação básica e translacional, ou seja, como explicou Leonor Beleza, presidente do Conselho de Administração da Fundação, “na ligação entre a investigação nas áreas biomédicas e na prática clínica” que constitui, de resto, uma das principais missões da entidade a que preside.
 
“Acreditamos que da ligação entre as duas realidades e, sobretudo, no relacionamento entre os protagonistas dos dois lados, sairão progressos importantes para que a luta contra a doença tenha maiores êxitos”, sublinhou Leonor Beleza. No fundo, pretende-se “fazer a ponte” entre cientistas (os laboratórios) e médicos – “profissionais de áreas teoricamente diferentes mas que confluem para que os cuidados de saúde (quer de prevenção, quer de tratamento) sejam melhores”.
 
Ideia partilhada pelo outro parceiro, o ABC, cujo presidente, Nuno Marques, reiterou a importância das parcerias estratégicas para levar por diante a sua principal missão: colocar o Algarve na liderança da investigação, proporcionar uma formação adequada aos profissionais de saúde e uma melhoria da qualidade dos cuidados de saúde na região.
 
Conforme o avança o mesmo comunicado, este responsável sublinhou, a génese do ABC – um consórcio constituído pela Universidade do Algarve, através do seu Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina e do seu Centro de Investigação, e pelo Centro Hospitalar Universitário do Algarve -, mas também a parceria estratégica com a Câmara Municipal de Loulé, com o projeto Loulé Active Life Health and Research. 
 
Nuno Marques salientou a “solidez deste projeto” que irá permitir que várias entidades públicas nacionais da área da saúde tenham alguns serviços deslocalizados para o Algarve mas que, ao mesmo tempo, já está a ter “grande impacto na região e no país”. A autarquia refere que sobre este aspeto Loulé é um concelho pioneiro em termos da recente criação da maior rede de desfibrilhação automática externa do país, numa altura em que se projeta para a cidade de Loulé – um edifício que, entre outras valências, irá albergar um Centro de Saúde Universitário, “uma estrutura completamente inovadora no país”, como frisou Nuno Marques.
 
Para Vítor Aleixo, autarca de Loulé, este momento bastante constitui “mais uma pedrinha num edifício ambicioso, num projeto muito específico orientado para a investigação científica, para a inovação e para a diversificação da base económica da região do Algarve com o Algarve Biomedical Center”.
 
Sublinhando o prestígio da Fundação Champalimaud em termos de investigação científica, em particular no que respeita à investigação na área do cancro mas também das biociências, o presidente da Câmara de Loulé deixou os votos para que “o trabalho entre as duas instituições possa acontecer de uma forma profícua e que o território que acolhe este projeto saia também beneficiado”.
 
Já o reitor da Universidade do Algarve, Paulo Águas, considerou que a relação entre a Universidade do Algarve e o Centro Hospitalar permitiu, desde logo, “uma aproximação entre cientistas e médicos”. Quanto a esta “comunhão de interesses” entre a Fundação Champalimaud e um centro académico faz todo o sentido por haver “interesses comuns que devem ser explorados e potenciados”.