Sociedade

"Geopalcos Arte.Ciência.Natureza" reforça programação cultural no território Algarvensis a partir de hoje

“A Terra onde se nasce”, com Pedro Pinto (Reflect), João Mestre e Laura Abel
“A Terra onde se nasce”, com Pedro Pinto (Reflect), João Mestre e Laura Abel  
Com início este sábado, 29 de maio, o Geopalcos Arte.Ciência.Natureza é um programa de intervenção cultural no território aspirante Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira.

Prolonga-se até 12 de setembro e é um evento bianual que liga a arte, ciência e natureza com e para as pessoas, pensado a partir da colaboração e participação das populações e dinamizado pelo aspirante Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira, através dos municípios. 
 
O projeto surgiu de uma candidatura intermunicipal, liderada pela AMAL, juntando os 16 municípios algarvios e a Direção Regional de Cultura do Algarve, que resultou no “Bezaranha - Programação Cultural em Rede”, programa que assegura parcialmente o financiamento do Geopalcos, recorrendo ao Programa Operacional Regional do Algarve (CRESC2020). 
 
Hoje às 19h00, Silves “abre a cortina” com um espetáculo de rua, intitulado “TimeTravel - Geopainting SoundSession Street Art & DJ Set by Bamby e DJ CHINA”, no mini-auditório da zona ribeirinha da cidade de Silves, dando lugar a uma criação artística de Bambi, que irá transparecer a sua visão da natureza e do território do aspirante Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira, com recurso à pintura. 
 
A 4 de junho, em Albufeira, às 19h30, a Galeria Municipal João Bailote acolhe “Percurso - 1381 Km2”. Trata-se da estreia absoluta de uma composição musical que representa os 1381 Km2 dos concelhos do território aspirante a Geoparque nos concelhos de Loulé, Silves e Albufeira, da autoria do maestro Armando Mota, peça sonora composta para a exposição fotográfica no mesmo local, “Pelos Trilhos do Algarvensis”, de Rui M.M. Gregório, patente entre 4 de junho e 30 de julho. 
 
A 10 de junho, às 21h30, Silves apresenta “A Terra onde se nasce”, com Pedro Pinto (Reflect), João Mestre e Laura Abel. Através da poesia, música e dança, envolvem-se numa atmosfera multidisciplinar, tendo como base paisagens cuja história se prolonga para lá do horizonte. Partindo da obra de João de Deus, o evento propõe-se explorar camadas artísticas através de uma criação inédita e original. 
 
Ainda em Silves, mas a 12, às 19h00, na antiga escola primária de Monte Boi, Helena Madeira junta a sua harpa a Fly Pontes, especialista em arte mural, para criar “Diálogo”, uma proposta de intervenção artística que tem por objetivo imprimir ao espetáculo um diálogo pictórico universal, de onde ecoam os sons intemporais de personagens do território. Neste evento o público será convidado a assistir à pintura de um mural relacionado com o GeoParque, nomeadamente com o Metoposaurus algarvensis, ao som da harpa e do canto.
 
Em Albufeira, a 12 e a 26, sempre às 09h00 em Paderne, há "Caminhos da Poesia" com Ana Sofia Brito e Mateus Verde, respetivamente, que guia em circuitos pedestres performativos.
 
Em Loulé, a 13 de junho, a partir das 18h00, Milita Doré inaugura a instalação artística "Colheitas", com o objetivo de sensibilizar sobre a situação social e ambiental que levou ao abandono da cultura de subsistência nos últimos cinquenta anos, onde os participantes vão caminhar na Fonte Benémola.
 
Também em Loulé, na Rocha da Pena e Penina, no dia 17 às 19h00, abre-se a “Montante”, instalação sonora de Vasco Nascimento. É uma obra invisível, instalada em dois locais de convergência das pequenas comunidades que rodeiam a Rocha da Pena. Os caminhantes poderão tropeçar nos sons que pairam à volta da Fonte dos Amuados na Rocha ou no Largo de Nossa Senhora de Fátima na Penina.
 
Ainda em Loulé, a 23 de junho, estreia nas profundezas “O osso do mar”, instalação artística, visual e sonora por Miguel Cheta, Christine Henry e João Caiano. Trata-se de um projeto multidisciplinar composto por objetos escultóricos/instalações, imagem em movimento, som e performance na Mina de Sal-gema, em Loulé, a 230 metros de profundidade. O espectador é desafiado a uma descida ao coração de uma mina, à intimidade da matéria, à imersão no Sal-gema, ao mergulho num mar fossilizado, proporcionando um encontro com o sentido oceânico gravado no sal.
 
E a fechar o mês de junho, o Geopalcos propõe “Fado & Blues - o casamento na pedreira”, concerto que junta dois guitarristas de estilos bem diferentes, Vítor Bacalhau e Ricardo Martins.