A Guarda Nacional Republicana de Faro e a Associação Safe Communities Algarve, no seguimento de outras iniciativas conjuntas, levaram a efeito esta quarta-feira à tarde, um seminário relativo ao “Programa Residência Segura”.
A ação teve lugar na casa do povo de Moncarapacho - Olhão, e contou com a presença de meia centena de habitantes locais, maioritariamente cidadãos de nacionalidade estrangeira.
Segundo a GNR, a ação foi materializada através da presença de elementos da Seção de Programas Especiais da Guarda Nacional Republicana de Faro e de David Thomas, fundador da Associação, os quais prestaram informação em matéria de prevenção criminal e efetuaram a apresentação do “Programa Residência Segura”
A iniciativa teve como principal objetivo reforçar o sentimento de segurança junto daquela comunidade, tornando-a mais desperta para a necessidade de tomar medidas preventivas com vista a diminuir as probabilidades de ser alvo de furto ou de outros crimes.
Foram distribuídos panfletos alusivos ao Programa, sendo que os visados não se coibiram de mostrar a sua satisfação pela iniciativa, reconhecendo a importância e o mérito do trabalho desenvolvido por estas duas entidades na proximidade entre a GNR e a comunidade e na manutenção do desejado sentimento de segurança.
O “Programa Residência Segura” foi criado pela Guarda Nacional Republicana no início do ano 2010, como resposta ao aumento de criminalidade violenta e sentimento de insegurança resultante de uma vaga de roubos violentos ocorridos numa zona de residências luxuosas, isoladas e dispersas, situadas no interior do concelho de Loulé.
A dificuldade de acesso e localização das residências, devido à ausência de pontos de referência no terreno e à barreira linguística, inviabilizava uma boa comunicação entre as vítimas e as forças de segurança, e por conseguinte uma rápida resposta por parte destas.
Para tal foi criada uma equipa que pôs em prática o Programa Residência Segura, com o objetivo de reduzir a criminalidade e recuperar o sentimento de segurança daquela população específica, cujos objectivos passam por contactar regularmente com cada um dos residentes incluídos no Programa; proporcionar conselhos de segurança por meio de panfletos em Português e Inglês; reunir informação sobre a vulnerabilidade das residências, de modo a orientar os esforços de patrulhamento, mediante o preenchimento de uma ficha de residência; georreferenciar e numerar cada residência, para a criação de um mapa de cada área, com vista a potenciar uma resposta mais rápida e eficaz por parte das forças de segurança; disponibilizar aos residentes, um contacto telefónico direto da Equipa Residência Segura, 24 horas por dia, atendido por militares com conhecimentos sobre a região e de línguas estrangeiras ou reunir informação sobre a movimentação de possíveis suspeitos de crimes.